2012-07-25 15:34:00

Chegando à marca das 100 colaborações


RealAudioMP3 Tóquio (RV) - Ouvintes do Programa Brasileiro que chega aos seus receptores através das ondas da Rádio Vaticano, recebam uma saudação de paz e fraternidade deste belo país conhecido com o nome de Japão, mas também por Terra do Sol Nascente. Este nome que sugere certo romantismo foi dado pelos habitantes do continente asiático para classificar as terras que estavam do lado onde o sol surge no horizonte. Os japoneses chamam sua terra de Nihon ou Nippon. Os europeus também andaram dando nome a esse país. Dois séculos antes de Cristóvão Colombo iniciar suas viagens, Marco Polo chamou essas terras de Zipangu. Atualmente, em nosso idioma, chamamos as ilhas deste arquipélago e de Ryukyu de Japão.

Sinto-me feliz de comunicar a vocês que, com a presente colaboração com o Programa Brasileiro, transmitido pela Rádio Vaticano, chego ao número 100 . Coincidência ou não, essa difusão marca também a minha saída do Japão para outra missão em outro país.

Confesso a vocês que sou profundamente grato a Deus e à Rádio Vaticano, pelo convite a colaborar com seu programa. Foi uma oportunidade e um incentivo para que eu me aproximasse mais desse povo de uma cultura milenar, com suas religiões em harmonia. Leituras, diálogos e experiências foram as fontes de conhecimento daquilo que tentei lhes comunicar pelas ondas da rádio. Graças a essas colaborações, saio da Terra do Sol Nascente com a bagagem cultural bem mais enriquecida.

Além de falar sobre assuntos referentes à cultura e situações da vida diária, como missionário escalabriniano com migrantes brasileiros, de línguas espanhola e inglesa, pude experimentar com eles os desafios mais variados para conquistar espaços, dentro dessa sociedade muito particular, e relatar para vocês parte de suas histórias.
Exercendo minhas atividades, em situações multiculturais, ecumênicas e inter-religiosas, foi possível levar a vocês a beleza das diferenças que, ao invés de nos separar, se transformam em fonte de enriquecimento, oportunidade de diálogo, respeito e fraternidade. Os migrantes que aqui vieram para ganhar dinheiro, agora estão brindando aos japoneses a oportunidade de conhecer outras culturas, formas de viver e convicções religiosas. A vinda de trabalhadores de outros países é vista como um meio para que o Japão seja, de fato, mais aberto ao mundo.

Durante o período de nove anos no Japão, os momentos marcantes foram muitos. Com absoluta certeza, estar aqui, com os japoneses e migrantes, no dia 11 de março de 2011, quando às 14h46, o país foi sacudido pelo terremoto maciço, seguido de tsunamis e perigo de liberação de radiações nucleares pela usina danificada de Fukushima, foi a mais marcante. Digo isso por dois motivos: estar presente e assistir aos horrores causados pela liberação das forças da natureza, deixaram marcas indeléveis e induziram a questionar nossas posições diante da criação; testemunhar as atitudes desse povo, enfrentando os sofrimentos com dignidade, autocontrole, otimismo, determinação de recomeçar tudo, senso do bem comum e honestidade foi uma oportunidade para pensar nos valores de que havíamos descuidado.

Rogo-lhes, humildemente, que acolham as minhas partilhas como a manifestação de carinho e amor por vocês.

Missionário Pe. Olmes Milani CS Do Japão para a Rádio Vaticano.








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