Bispos da RDC promovem iniciativas a favor da paz e da integridade do país
(Kinshasa, 23/07/2012 ) Uma marcha da esperança para dizer não à balcanização
da República Democrática do Congo: é a iniciativa lançada para o dia 1 de Agosto,
pela Conferência Episcopal do país, para responder à ofensiva em curso dos rebeldes
independentistas do movimento “M23”. Apelando “à unidade e à indivisibilidade da
Nação congolesa”, os bispos convidam os fiéis de todas as paróquias, em todas as dioceses,
a aderir à iniciativa e exprimem votos de que ninguém disturbe o desenvolvimento do
cortejo”. A marcha da esperança será precedida por três dias de oração “pela paz,
unidade e integridade do território” e terá lugar em todas as igrejas a partir de
30 de Julho, com a recitação, no fim de cada missa, de uma invocação da paz. A
Conferência Episcopal da República do Congo decidiu também uma recolha de fundos para
todas as dioceses atingidas pelo actual conflito. O apelo, é, portanto, dirigido “à
consciência de todos os congoleses para que sejam solidários com os irmãos que continuam
a sofrer, de modo injusto, os desastres provocados pela guerra” e não só. Os bispos
têm em programa levar a cabo uma acção de advocacia a nível nacional e internacional,
incluso na ONU, na União Europeia e na União Africana, para sensibilizar os governantes
sobre a situação da Republica Democrática do Congo. Finalmente, o presidente da Conferência
Episcopal, D. Nicolas Djomo, juntamente com os bispos delegados, deslocar-se-á em
visita pastoral às províncias eclesiásticas atingidas pelo conflito, para levar a
solidariedade da Igreja nacional. “A esperança é o antídoto a toda a fatalidade”,
afirmam os prelados que, confiantes no futuro radioso da nação, convidam todos os
fiéis “a realizar o mesmo sonho ou seja a reconhecer que, seja qual for a situação
actual, a paz chegará” um dia. Com o objectivo de “consolidar uma paz duradoira na
região” realiza-se, nesta segunda-feira, 23, em Nairobi, no Quénia, um encontro dos
bispos provenientes da República Democrática do Congo Ruanda, Burundi e Uganda. No
encontro participam também os responsáveis protestantes e ortodoxos.