2012-07-19 12:51:03

Visita histórica do Patriarca de Moscou, Kirill, à Polônia


Smolensk (RV) - Katyn é uma vala comum para russos e poloneses, um lugar de dor. Foi o que disse o Patriarca de Moscou e de toda Rússia, Kirill, após a liturgia celebrada no último dia 15 de julho no lugar onde no início da 2ª Guerra Mundial, se verificou o trágico ecídio. “Nada une mais as pessoas do que a dor”, declarou o patriarca, acrescentando que, a partir de hoje, se pode iniciar uma nova era nas relações entre as duas nações.

O chefe da Igreja Ortodoxa russa – refere a agência Zenit – foi até Katyn, como etapa de sua viagem pastoral à Diocese de Smolensk. Neste local consagrou a nova igreja ortodoxa da Ressurreição de Cristo. Num dos altares laterais da nova igreja será colocada a imagem de Nossa Senhora de Czestochowa, que o Patriarca Kirill receberá de presente do episcopado polonês durante a sua visita à Polônia, no próximo mês de agosto.

Neste altar, à luz dos resultados do diálogo, serão celebradas também missas católicas. “Chegou o momento de reconhecer que este lugar é um símbolo terrível da nossa tragédia comum e, com esta consciência, nos darmos as mãos, como irmãos e irmãs que passaram através da dor e da tragédia de Katyn”, disse o patriarca. “Creio que talvez daqui tenha início uma nova era no desenvolvimento das relações entre a Rússia e a Polônia, da consciência de uma tragédia comum e de um sacrifício compartilhado”, acrescentou.

O líder da Igreja Ortodoxa Russa visitará a Polônia entre os dias 16 e 19 de agosto. É a primeira vez na história do cristianismo que um chefe da Igreja Ortodoxa Russa visita este país. No dia 17 de agosto, em Vasóvia, o Patriarca de Moscou e de toda a Rússia, Kirill, e o Presidente da Conferência Episcopal polonesa, Dom Józef Michalik assinarão a mensagem comum aos respectivos povos.

Segundo quando escreveu a Agência de Informação Católica na Polônia, Kai, Dom Michalik, aguarda com grande esperança a mensagem católico-ortodoxa sobre a reconciliação dos povos. O massacre de Katyn, crime stalinista que na primavera de 1940 envolveu pelo menos 21 mil cidadãos poloneses, entre os quais mais de 10 mil oficiais militares e de polícia, por iniciativa das máximas autoridades da então União Soviética, após uma resolução secreta do Departamento Político do Partido Comunista do Regime Soviético de 5 de março de 1940, conhecida como a “decisão de Katyń”. (SP)








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