2012-07-10 12:59:28

Romper o silencio sobre os sofrimentos dos africanos no Sinai


“Heroínas silenciosas”. Assim o Papa Bento XVI definia as mulheres no encontro com os Movimentos Católicos Femininos em Angola em 2009.

A irmã Azezet Kidane, comboniana eritreia, é uma dessas heroínas. Mas quer romper o silêncio, não em relação à sua corajosa obra a favor de jovens africanos, vítimas do tráfico humano no deserto do Sinai, mas sobre esse tráfico mesmo, que ela não hesita em comparar com o Tráfico Negreiro dos séculos passados, sobre o qual reinou, por muito tempo, o silêncio.

Por esta sua acção, a irmã Azezet foi reconhecida como “Heroína” pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos que se ocupa do tráfico humano. Foi a 19 de Junho passado. Este reconhecimento foi-lhe entregue directamente pela Secretária de Estado, Hillary Clinton.

Que significado e impacto pode ter este acto simbólico sobre a causa em que esta religiosa está plenamente empenhada?

Ao responder a esta pergunta em “Afrofonia”, esta enfermeira da Clínica MEDU de Tel Aviv, conta o drama destes jovens africanos que procuram chegar a Israel para pedir asilo e poder trabalhar, mas que são retidos no deserto da península do Sinai, onde são torturados até à morte para obrigar os seus parentes e amigos a pagar somas exorbitantes para um seu hipotético resgate.

Provêm de várias parte da África, mas a maior parte desses jovens são sudaneses, somalis, eritreus, etíopes… A questão não poderá, portanto, passar despercebida à Diáspora etíope no mundo, que se reunirá em Roma nos dias 28 e 29 deste mês – assegura Tibebe Tadesse Desta, Presidente da Associação “Motherland” com sede na Província italiana de Udine, e que faz preceder este encontro dum “Giro da Itália”, em bicicleta, dos etíopes da península italiana com o objectivo de recolher fundos a favor da comunidade “Debre Zeit” dos arredores de Adis-Abeba.

Para mais pormenores, ouça a emissão em italiano… RealAudioMP3








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