Missão: jovens voluntários portugueses partem em missão ao Brasil
Cidade
do Vaticano (RV) – Entre as intenções de oração do Papa neste mês de julho estão
os missionários cristãos. Ao mesmo tempo, a Fundação Fé e Cooperação (FEC), organismo
ligado à Conferência Espiscopal Portuguesa, divulgava novos dados sobre o número dos
voluntários que saem de Portugal em missão em outros países, entre os quais, o Brasil.
Do total de 1096 voluntários portugueses e estrangeiros que partirão em missão, 25
irão ao Brasil.
Tiago Veiga, 26 anos, faz parte da Associação Universitária
Gastagus. Durante todo o ano ela realiza voluntariado em Portugal e, durante o verão
na Europa, envia seus voluntários em missões de curta duração principalmente para
a África, Ásia e América do Sul.
Esta será a segunda vez que Tiago irá ao Brasil,
sempre para o nordeste. Desta vez, a missão vai se concentrar em Sobral (CE), na Paróquia
do Coração de Jesus, cujo pároco é Pe. Francisco Alves Magalhães.
“Vamos trabalhar
principalmente com jovens da paróquia do Padre Magalhães e vamos tentar, acima de
tudo, ações na área para a educação do desenvolvimento. Ou seja, vamos tentar desenvolver
atividades para os jovens – e não só – mas também para as famílias para que possam
dar continuidade aos nossos trabalhos durante o resto do ano. Mas, sobretudo, vamos
tentar dinamizar um pouco mais aquelas áreas que podemos dar o nosso contributo”.
Antes
de saírem de Portugal, os jovens voluntários recebem uma preparação inicial.
“Isso
é uma condição fundamental na nossa associação, que todos os voluntários que partem
em missão durante o mês de agosto, tem que passar por uma formação no ano que antecede
a partida. Portanto, nós temos formações em áreas como as desigualdades e objetivos
de desenvolvimento do milênio. Entendemos que a formação é uma base muito importante
para o sucesso das nossas missões”.
Tiago Veiga, formado em engenharia, deve
levar seus conhecimentos à comunidade de Sobral. Contudo, lembra bem qual foi a principal
impressão que teve do Brasil quando lá chegara pela primeira vez.
“Foi a desigualdade.
Mesmo apesar de já termos uma noção do que é a realidade brasileira aqui em Portugal,
ao chegar em Fortaleza nota-se que é uma cidade que tem partes muito ricas e outras
muito pobres. Contudo, por outro lado, quando começamos a conhecer a população local
e a trabalhar com ela, marca-nos muito aquela alegria que eles têm de viver e que
a nós próprios nos ensina muita coisa sobre o nosso modo de estar e o nosso modo de
ser, a nossa vida pessoal”.
A prática do voluntariado é muito incentivada em
Portugal, algo do qual Tiago sabe bem o valor.
“O meu apelo é que todos os
que estejam a pensar, ou mesmo que não estejam, ponderem um pouco a fazer este tipo
de missões e que tentem dar o melhor deles para mudar o mundo. Há uma frase de Gandhi
que é quase um lema de nossa associação e diz: ‘sede a diferença que queres viver
no mundo’. Então, este é o apelo que eu deixo a todas as pessoas”.