2012-07-03 17:20:19

Memorial se transforma em Santuário Nacional do Japão


Cidade do Vaticano (RV) – O memorial de Nishizaka, nas redondezas de Nagasaki, tornou-se santuário nacional do Japão. A decisão foi tomada pela Conferência Episcopal.

Neste lugar, em 1597 foram crucificados o padre jesuíta Paulo Miki e outros 25 cristãos por ordem da máxima autoridade militar (shogun) da época, Toyotomi Hideyoshi, intencionado a instaurar o budismo e a expulsar todos os pregadores cristãos. Naquela época, famílias cristãs eram ameaçadas se não se convertessem, igrejas eram queimadas nas aldeias e as propriedades particulares confiscadas. Os missionários trabalhavam na clandestinidade até que o shogun ordenou sua prisão e a dos catequistas em Kyoto, Osaka e Nagasaki. Pauo Miki foi então preso em 1596, e no cárcere, tornou-se uma referência para todos: exemplo de coragem e constância no sofrimento por sua fé.

Ao recusar-se em renegar sua religião, foram ameaçados de morte, mutilados e obrigados a marchar de Kyoto a Nagasaki. Deveriam ser crucificados. Seis eram franciscanos, três pertenciam à Companhia de Jesus, e oito eram leigos. Foram executados em 5 de fevereiro de 1597, rezando em silêncio, cantando salmos e perdoando a voz alta seus perseguidores e carnífices. Foram os primeiros mártires cristãos do Japão.

“Como Cristo, foram conduzidos a um local no qual eram mortos criminosos comuns. Como Cristo, doaram suas vidas a fim de que todos acreditássemos no amor do Pai” – disse João Paulo II ao visitar a Colina dos Mártires, em fevereiro de 1981.

Agora, os bispos criaram o ‘percurso de fé’, que liga Kyoto, Osaka, Hiroshima, Fukuoka e Nagasaki, todas as dioceses no caminho percorrido por Pauo Miki e seus companheiros.
(CM)








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