2012-07-02 16:15:27

Nova Evangelização e Redemptoris missio: anunciar Cristo a todos os povos


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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, eis-nos de volta ao nosso encontro semanal neste espaço de formação e aprofundamento dedicado à Nova Evangelização, questão prioritária para a Igreja em nossos dias.

Nesta edição retomamos nossa revisitação à Redemptoris missio, concluindo a introdução à encíclica de João Paulo II de 7 de dezembro de 1990 sobre a validade permanente do mandato missionário.

De fato, na edição passada nos ocupamos do nº 2 do documento magisterial, número este no qual o Papa Wojtyla nos apresenta motivos e finalidades de sua encíclica. Antes de passarmos ao nº 3, retomemos brevemente o texto apenas para acenar alguns pontos importantes os quais vale a pena evidenciar.

O Pontífice destaca a consolidação de uma nova consciência, ou seja, de que a missão compete a todos os cristãos. O Papa fala de uma <> do cristianismo, sem negar com isso uma tendência negativa a que o Documento se propõe a ajudar a superar: João Paulo II sobre um <> da missão ad gentes (a missão além-fronteiras).

Ao verificar-se a existência de um enfraquecimento do dinamismo missionário da Igreja, o Papa Wojtyla faz tal constatação destacando que o impulso missionário sempre foi um sinal de vitalidade da Igreja, "assim como a sua diminuição constitui um sinal de crise da fé".

Portanto, a crise da espiritualidade missionária é sinal de crise da própria fé, razão pela qual o Papa quer com essa encíclica convidar a Igreja a renovar o seu empenho missionário.

"É dando a fé que ela se fortalece!" – afirma o Papa. De fato, a fé amadurece quando se comunica. A fé alcança a sua maturidade não quando é recebida, mas somente quando é comunicada. Em outras palavras, a fé recebida não pode ser guardada para nós mesmos, mas deve ser comunicada aos outros.

Nesse contexto, João Paulo II evoca a urgência da evangelização missionária afirmando que "ela constitui o primeiro serviço que a Igreja pode prestar ao homem e à humanidade inteira".

No número seguinte (nº 3), o Papa afirma que o número daqueles que ignoram Cristo, e não fazem parte da Igreja, está em contínuo aumento. João Paulo II lê esse fato como um drama, porque "o homem precisa conhecer Cristo para conhecer a si mesmo" (Conf. nº 2).

Mas passemos ao n.3 da Redemptoris missio, concluindo assim – como dissemos – a introdução da Carta encíclica de João Paulo II. Diz o texto:

3. "Povos todos, abri as portas a Cristo! O Seu Evangelho não tira nada à liberdade do homem, ao devido respeito pelas culturas, a tudo quanto de bom possui cada religião. Acolhendo Cristo, abri-vos à Palavra definitiva de Deus, Àquele no qual Deus se deu a conhecer plenamente e nos indicou o caminho para chegar a Ele.
O número daqueles que ignoram Cristo, e não fazem parte da Igreja está em contínuo aumento; mais ainda: quase duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o Seu Filho, é evidente a urgência da missão.
Por outro lado, a época que vivemos oferece, neste campo, novas oportunidades à Igreja: a queda de ideologias e sistemas políticos opressivos; o aparecimento de um mundo mais unido, graças ao incremento das comunicações; a afirmação, cada vez mais frequente entre os povos, daqueles valores evangélicos que Jesus encarnou na sua vida: paz, justiça, fraternidade, dedicação aos mais pequenos; um tipo de desenvolvimento econômico e técnico sem alma, que, em contrapartida, está a criar necessidade da verdade sobre Deus, o homem e o significado da vida.
Deus abre, à Igreja, os horizontes de uma humanidade mais preparada para a sementeira evangélica. Sinto chegado o momento de empenhar todas as forças eclesiais na nova evangelização e na missão ad gentes. Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja se pode esquivar deste dever supremo: anunciar Cristo a todos os povos."

Amigo ouvinte, como ressaltado, nossa revisitação a alguns documentos magisteriais pertinentes à missionariedade da Igreja se insere como iniciativa preparatória para o próximo Sínodo dos Bispos, programado para outubro próximo, cuja edição terá como tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã", ocasião na qual os padres sinodais deverão buscar responder ao chamado da Igreja à urgência de uma nova evangelização.

Amigo ouvinte. Semana que vem tem mais, se Deus quiser!







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