Encontro dos Bispos da Amazônia começa nesta segunda
Santarém (RV) – A cidade paraense recebe a partir desta segunda-feira, 02 de
julho, o 10º Encontro dos Bispos da Amazônia. O evento vai reunir no seminário São
Pio X cerca de 40 bispos dos estados do Pará, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima,
Acre, Mato Grosso, Maranhão, Rio Grande do Norte, além dos coordenadores de pastoral,
leigos e religiosas das dioceses e das prelazias desses Estados.
Produtores
e jornalistas dos meios de comunicação de Santarém estiveram reunidos no último sábado,
no centro de formação Dom Lino, para debater o documento de Santarém, base do encontro
dos bispos da Amazônia.
Padre Edilberto Sena, facilitador da reunião, fez
uma análise de conjuntura da Amazônia, relembrando os fatos de 1972, como a construção
das rodovias Transamazônica e a BR-163, que contribuíram para a chegada de migrantes
de várias partes do Brasil para a região. Destacou ainda que agora o desafio são as
hidrelétricas, as mineradoras e a expansão madeireira.
Uma celebração eucarística,
às 18 horas desta segunda-feira na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição marca
o inicio do encontro, que recorda a celebração de 40 anos do documento de Santarém
elaborado em 1972.
O Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, e o
Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, Cardeal Cláudio Hummes, também estarão
presentes no encontro. Na avaliação do Padre Luiz Pinto, administrador da Diocese
de Santarém, o encontro é uma oportunidade para retomar, rever e reviver o encontro,
que há 40 anos, elaborou as diretrizes pastorais para a Igreja da Amazônia. “Para
toda a Amazônia, é importante que a gente hoje reveja a caminhada, o caminho que foi
traçado, aquilo que foi realizado, e procuremos agora acertar o passo novamente”.
O administrador diocesano lembra que após o encontro, surgiram muitas dioceses
e prelazias. “A temática do encontro é o seguimento de Cristo na Amazônia. Seguir?
O que significa seguir Cristo, se naquele encontro de 72, a orientação básica veio
do Papa Paulo VI: ‘Cristo aponta para a Amazônia’? Hoje a pergunta é a mesma, esse
mesmo Cristo, que continua apontando para a Amazônia, nos diz o quê? Que significa
hoje seguir o Cristo na Amazônia como seus discípulos e seus evangelizadores?” (CM)