Cidade do Vaticano (RV) – Nesta semana
tivemos dois eventos que marcaram a história da Igreja Católica no Brasil. O primeiro
a promulgação do decreto que reconhece o milagre recebido por Ana Lúcia Meirelles
por intercessão de Nhá Chica abrindo as portas para a sua beatificação cuja data deverá
ainda ser decidida durante um Consistório no Vaticano. O segundo evento foi a imposição
do pálio aos arcebispos metropolitanos, na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, nesta
última sexta-feira. Na lista dos que receberam o pálio, 7 arcebispos brasileiros. A
promulgação do decreto que reconhece o milgare graças à interecessão de Nhá Chica,
encheu de alegria os corações de muitos brasileiros, principalmente de Minas Gerais,
que olham para esta humilde mulher, analfabeta, que faleceu em 14 de junho de 1895,
com 87 anos de idade como modelo de santidade, de expressão daquele amor incondicional
por Jesus e pelo próximo. Sua fama de santidade se espalhou ainda em vida, levando
muitas pessoas a visitar a cidade de Baependi para conhecê-la e conversar com ela,
pedindo orações. Paciência e dedicação eram as armas que usava para atender a todos.
A Igreja Católica do Brasil terá mais uma bem-aventurada, declarada agora oficialmente
pela Igreja como modelo de virtudes cristãs. Sua vida de doação é expressão da vida
de um verdadeiro cristão, que vê no próximo o Cristo que sofre e pede amparo. A
Igreja do Brasil está também feliz pelo pálio recebido por 7 nossos arcebispos - (Dom
Wilson Tadeu Jonck S.C.I., de Florianópolis (SC); Dom Jose Francisco Rezende Dias,
de Niterói (RJ); Dom Esmeraldo Barreto de Farias, de Porto Velho (RO); Dom Airton
Jose dos Santos, de Campinas (SP); Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, de Teresina
(PI); Dom Paulo Mendes Peixoto, de Uberaba (MG); Dom Jaime Vieira Rocha, de Natal
(RN) – das mãos do Santo Padre na Basílica vaticana. O pálio é uma pequena estola
de lã branca com 6 cruzes bordadas ao seu longo e que expressa a unidade com o sucessor
de Pedro. Originalmente, era exclusivo dos papas, sendo depois estendido aos metropolitas
e primazes, como símbolo de jurisdição delegada a eles pelo pontífice. Os fiéis
das arquidioceses do arcebispos que receberam o pálio estão em festa pelos seus pastores,
pelos seus guias espirituais que os confirmam na fé e caminham junto com eles, nas
sendas do cotidiano. Eles são os sucessores dos apóstolos, que receberam, com a ordenação
episcopal a missão de santificar, ensinar e governar a arquidiocese a eles confiada. Dois
eventos importantes para nós, a promulgação do milagre atribuído à intercessão de
Nhá Chica, e a entrega do pálio aos nossos arcebispos; sinais de uma Igreja brasileira
viva, que caminha e se santifica no novo milênio. (Silvonei José)