Bento XVI no Angelus: rezem por mim para que possa servir à Igreja com mansidão
e a força Espírito Santo
Cidade do Vaticano (RV) - Ao meio-dia desta sexta-feira o Santo Padre assomou
à janela de seus aposentos – que dá para a Praça São Pedro – para rezar a oração do
Angelus com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na praça, muitos dos quais
haviam participado da missa da manhã presidida pelo Pontífice na Basílica Vaticana.
Na
alocução que precedeu a oração mariana, Bento XVI recordou que celebramos nesta data
a solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo – uma festa que acompanha a história
bimilenar do povo cristão – chamados colunas da Igreja nascente.
Testemunhas
insignes da fé, dilataram o Reino de Deus com os seus deferentes dons e, a exemplo
do divino Mestre, selaram com o sangue a sua pregação evangélica, disse o Pontífice
acrescentando que o martírio por eles sofrido "é sinal de unidade da Igreja".
Em
seguida, o Pontífice recordou alguns traços significativos da presença dos dois Apóstolos
na Cidade Eterna. "Roma traz inscrito em sua história os sinais da vida e da morte
gloriosa do humilde Pescador da Galileia e do Apóstolo dos Gentios, escolhidos como
seus Protetores.
"Os Santos Pedro e Paulo brilharam não somente no céu de Roma,
mas no coração de todos os fiéis que, iluminados pelo ensinamento e exemplo deles,
em todas as partes do mundo trilham no caminho da fé, da esperança e da caridade",
acrescentou o Pontífice.
"Neste caminho de salvação, a comunidade cristã, sustentada
pela presença do Espírito do Deus vivo, se sente encorajada a prosseguir forte e serena
no caminho da fidelidade a Cristo e do anúncio do seu Evangelho aos homens de todo
tempo", disse ainda Bento XVI.
"Nesse fecundo itinerário espiritual e missionário
também se insere a entrega do pálio aos arcebispos metropolitanos, que fiz esta manhã
na Basílica", frisou o Papa.
"Um rito sempre eloqüente – acrescentou – que
realça a íntima comunhão dos Pastores com o Sucessor de Pedro e o profundo vínculo
que nos une à tradição apostólica."
"Trata-se de um dúplice tesouro de santidade,
em que se fundem juntos a unidade e a catolicidade da Igreja: um tesouro precioso
a ser redescoberto e a ser vivido com renovado entusiasmo e constante empenho."
O
Papa dirigiu, ainda, uma saudação ao Patriarcado de Constantinopla que, como todos
os anos, "participa dessas nossas tradicionais celebrações", frisou. Bento XVI fez
votos de que a Virgem Maria conduza todos os fiéis em Cristo à plena unidade.
Após
o Angelus, na saudação em várias línguas aos diversos grupos de fiéis e peregrinos
presentes, falando em italiano agradeceu aos fiéis da Diocese de Roma presentes na
oração mariana para renovar sentimentos de profunda comunhão e espiritual proximidade
ao Sucessor de Pedro:
"Caros amigos, agradeço-vos cordialmente por esse gesto
de afeto e por vossas iniciativas de apoio a meu ministério apostólico e para favorecer
em todo ambiente um corajoso e ativo testemunho cristão. Conto também com as vossas
orações para continuar servindo à Igreja com mansidão e a força do Espírito Santo."
Falando
também em português, dirigiu uma saudação particular aos metropolitas lusófonos: "Uma saudação
especial para os Arcebispos do Brasil e de Angola que acabaram de receber o pálio
e também para os familiares e amigos que os acompanham: à Virgem Maria confio vossas
vidas, famílias e dioceses, para todos implorando o dom do amor e da unidade sobre
a rocha de Pedro."
O Santo Padre concedeu a todos a sua Bênção apostólica.
(RL)