África: o Apostolado Social dos jesuítas 50 anos depois das independências
Nairóbi (RV) – Jesuítas provenientes de mais de 15 países africanos concluem
esta quinta-feira, 28, em Nairóbi, Quênia, um seminário sobre o tema "o Apostolado
Social dos Jesuítas na África depois da independência: o papel dos centros de estudo
e da ação social".
O encontro foi organizado pela Conferência das Províncias
dos Jesuítas da África e do Madagascar (JESAM). No discurso de abertura, dia 24, o
Presidente da JESAM, Pe. Michael Lewis, refletiu sobre o modelo de Apostolado Social
para a África de hoje, um continente em rápido crescimento econômico, mas que deve
ainda fazer frente a muitos desafios, entre os quais a insegurança alimentar para
a maior parte das pessoas, a má governança e a falta de autossuficiência.
Pe.
Lewis indicou quatro problemas práticos que o Apostolado Social deverá enfrentar no
futuro: sustentabilidade financeira das obras de apostolado social, desinteresse dos
jovens para o apostolado social, integração dos leigos e reforço do empenho dos jesuítas
na promoção da justiça.
No seu pronunciamento, Pe. Orobator, Superior Provincial
da África do Leste, afirmou que a Igreja e a Companhia de Jesus na África devem ser
uma consciência ativa da sociedade, empenhando-se na formação dos líderes.
Outro
desafio é representando pela colaboração com outras religiões e com a sociedade civil
na promoção da democracia, do Estado de direito, do bem comum, dos direitos humanos
e dos povos, e da justiça social na África.
Outros pronunciamentos analisaram
a situação de diversas áreas do continente e as dificuldades e os progressos feitos
nesses primeiros 50 anos de independência de muitos países africanos.