2012-06-28 11:51:20

Missão: criar a partir das ruínas no Haiti


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Cidade do Vaticano (RV) – Porto Príncipe, 12 de janeiro de 2010. Um terremoto de 7 graus na escala Richter assola a capital do Haiti.

Pouco mais de um mês depois, em 24 de fevereiro de 2010, o número de vítimas era de 222.517. Os danos materiais: incalculáveis. A Cruz Vermelha e as Nações Unidas disseram que cerca de 3 milhões de pessoas foram afetadas pelo terremoto.

Reconstrução

Passados mais de dois anos, o país ainda vive os reflexos do terremoto. A reconstrução do Haiti passa pelas mãos de voluntários, com a Irmã Antônia de Arruda Nunes. Ela chegou há 9 meses, vinda do Pará. Religiosa da Congregação da Imaculada Conceição, a missão de Irmã Antônia, junto com outras três missionárias é criar a Pastoral da Criança numa das paróquias da capital do Haiti.

“A primeira dificuldade é a fome. Depois, a saúde pública que não existe. Tudo é pago, então, para aqueles que não têm nada é impossível. Falta de higiene e lixo. Nós estamos na periferia e aqui muitas crianças estão fora da escola porque não tem como pagar. Mesmo nas escolas públicas é preciso pagar um valor mínimo, além do uniforme e do material escolar. Vemos famílias com até dez filhos…e temos muitas gestantes já que agora eles moram todos juntos em tendas”.

Pastoral da Criança

A Pastoral da Criança na paróquia de Irmã Antônia ainda depende de recursos e aprovação do Arcebispo de Porto Príncipe. Apesar disso, elas já iniciaram o trabalho.

“Estamos aguardando a construção do centro onde vamos atender. Mas agora está chegando uma irmã da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) que é enfermeira e vai nos ajudar a atender as gestantes e as crianças lá nos acampamentos mesmo”.

Esperança

Dra. Zilda Arns foi uma das vítimas do terremoto. Ela tinha ido ao Haiti justamente para levar a Pastoral da Criança ao país. E isso Irmã Antônia e as suas colegas missionárias não esquecem jamais.

“Sentimos a responsabuilidade de dar continuidade ao desejo de Dra. Zilda Arns porque a Pastoral da Criança trabalha pela vida, salvar vidas de muitas crianças e mães, gestantes. Eu me sinto feliz apesar das dificuldades e sofrimento. A gente sofre mais por ver tanto sofrimento mas eu me sinto feliz – e com esperança”.

(RB)








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