Card. Herranz diz que trabalho de investigação no Vaticano continua
Cidade do Vaticano (RV) – O trabalho da comissão de inquérito de três cardeais
nomeados pelo Papa para esclarecer a fuga de documentos do Vaticano “é intenso, mas
é positivo” e “encontra muita colaboração por parte de todos”. É o que afirma à agência
italiana ANSA o Cardeal Julian Herranz, que dirige os trabalhos.
“Estou muito
tranquilo, as coisas estão indo bem”. O cardeal, chefe da comissão, explica que as
audiências estão se dando “num ritmo muito intenso: são quatro, cinco pessoas ouvidas
por semana”. Trata-se de eclesiásticos e leigos, sobretudo, oficiais dos dicastérios
da Cúria. “As pessoas – explica ainda – quando vem até nós falam com toda sinceridade,
com toda abertura, é uma conversa, digamos uma escuta. Nós fazemos as perguntas, eles
falam o que querem falar”. “É claro que nesta fase – acrescenta – é necessária uma
absoluta discrição porque as pessoas envolvidas devem ser tuteladas até a conclusão
do inquérito”.
Perguntado se as conclusões serão apresentadas oficialmente,
o cardeal respondeu que “isto não depende de nós. Nós levaremos as nossas conclusões
a quem de direito e depois decidirão; o que devemos fazer é buscar concluir com o
maior número de dados e elementos suficientes”. Certamente, observa, “estamos trabalhando
com rapidez”, mas o tempo para a conclusão do inquérito “por enquanto não pode ser
previsto”.
“O trabalho é intenso, mas também muito positivo – destaca o purpurado
-. Estou tranquilo, encontramos colaboração por parte de todos”. E acrescenta: “Tudo
está indo muito bem, em breve haverá alguma surpresa”.
Enquanto isso, a situação
do ex-mordomo do Santo Padre, Paolo Gabriele, não muda, continua detido. É o que disse
o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi respondendo a uma
pergunta sobre o futuro de Gabriele. O juiz encarregado do caso, Piero Bonnet rejeitou
o pedido de liberdade condicional, apresentado pelos seus advogados. (SP)