2012-06-26 08:39:28

Papa visita zona devastada pelos tremores de terra, encorajando as populações e invocando solidariedade de todos


(26/06/12) Bento XVI deslocou-se nesta terça-feira de manhã a uma das zonas do centro-norte de Itália mais tocada pelos sismos dos últimos meses. O Papa partiu de helicóptero do Vaticano às 9 horas da manhã. A localidade visitada foi Rovereto di Novi, onde se encontra a igreja de Santa Catarina de Alexandria, onde morreu o pároco, sob os escombros.

Com palavras intensas e pessoais, Bento XVI quis exprimir a sua proximidade não só aos presentes nesta localidade, mas a todas as populações vítimas das devastações provocadas pelos repetidos sismos que se têm feito sentir nos últimos meses numa vasta região do centro norte da Itália: “Neste momento quereria que todos, em cada localidade, sentissem que o coração do Papa está próximo ao vosso coração para vos consolar, mas sobretudo para vos encorajar e apoiar”.
Evocando a sua visita a Milão, há duas semanas, para o Encontro Mundial das Famílias, o Papa desculpou-se por não ter podido já então passar ali a visitar estas populações, e assegurou tê-las tido sempre presentes, até em razão dos abalos que prosseguiam, com a perda de tantos edifícios simbólicos das diversas terras, nomeadamente muitas igrejas.
Bento XVI recordou um Salmo, recitado num destes dias, em que encontrou uma expressão que o fez pensar nas vítimas dos terramotos: “Deus é para nós refúgio e fortaleza, ajuda infalível nas angústias. Não tememos mesmo se a terra tremer, se vacilarem os montes no fundo do mar”.
“Estas palavras não me impressionam só pelo facto de usarem a imagem do terramoto, mas sobretudo pelo que afirmam sobre a nossa atitude interior perante o abalo da natureza: uma atitude de grande segurança, baseada na rocha estável, irremovível, que é Deus”.
O Papa reconheceu que estas palavras parecem contrastar com o medo que inevitavelmente se sente depois da experiência dos repetidos abalos de terra. Na realidade, esclareceu, a segurança de que fala o Salmo “não é de a de super-homens isentos de sentimentos normais”.

“A segurança de que fala (o Salmo) é a segurança da fé, com a qual, mesmo quando se sente medo, e angústia – até Jesus as sentiu – existe acima de tudo a certeza de que Deus está comigo. Como a criança que sabe que pode contar sempre com a mãe e o pai, porque se sente amada, desejada, aconteça o que acontecer”. “É assim que nós somos, em relação a Deus: pequenos, frágeis, mas seguros nas suas mãos, isto é, confiantes no seu Amor, que é sólido como a rocha”.
Bento XVI encorajou as populações vítimas dos sismas a enfrentar a fase da reconstrução com o mesmo espírito com que a Itália se ergueu dos destroços da II Guerra Mundial:
“A Itália foi reconstruída sem dúvida graças também às ajudas recebidas, mas sobretudo graças à fé de tanta gente animada de espírito de verdadeira solidariedade, pela vontade de dar um futuro às famílias, um futuro de liberdade e de paz”.
O Papa encorajou estas populações da Itália centro-norte a permanecerem fiéis à sua “vocação de gente fraterna e solidária”, enfrentando tudo “com paciência e determinação, excluindo as tentações que infelizmente andam ligadas a estes momentos de debilidade e necessidade”
“Não estais nem estareis sós!” “A minha presença no meio de vós pretende ser um sinal de amor e de esperança” – concluiu o Papa.








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