2012-06-22 13:59:37

Gana: Igreja pede seriedade aos políticos


Acra (RV) – Abandonar o sistema político atual, alicerçados sobre os partidos políticos, porque não funcional e desagregador, e manter, no entanto, todos os outros elementos positivos da democracia para impulsionar para frente Gana: esta a proposta feita por Dom Peter Kwasi Sarpong, Arcebispo emérito de Kumasi. O prelado falou, esta semana, sobre o tema “Verdade, integridade e desenvolvimento democrático. Como anda Gana?”, durante um encontro organizado pelo “Centro pela liberdade”, com o objetivo de sensibilizar a população com vistas às próximas eleições, entre 7 e 28 de dezembro, quando os cidadãos do País serão chamados às urnas para eleger o novo presidente e o Parlamento.

“Em lugar dos partidos – explicou Dom Kwasi Sarpong – eu penso que seja urgente desenvolver um sistema político que junte o lado melhor do sistema governamental tradicional de Gana com o lado melhor da democracia”. Olhando depois para a história do país, o prelado lembrou: “A política de Gana se caracterizou por mentiras, promessas impossíveis, obras nunca feitas; os políticos, para conseguir votos, prometerem céu e terra aos cidadãos e muitos deles se revelaram sem integridade moral, esvaziando assim o ‘reservatório’ da verdadeira democracia”.

Dom Kwasi Sarpong acusou o tipo de democracia implantado no país que se caracteriza só pelo apoio à maioria e da rejeição total da oposição, pelo “tribalismo dos políticos, pelo enriquecimento ilícito, pela vingança, pelos fenômenos de propaganda”. Aspectos estes que, se não forem rapidamente afastados, concluiu o prelado, favorecerão ainda “fenômenos como as fraudes eleitorais, desaparecimento de urnas de votações, resultados acima do número dos eleitores registrados nas seções eleitorais”.

E para evitar os erros do passado, nas próximas eleições, a Comissão eleitoral de Gana decidiu abolir o antigo registro no papel dos eleitores e introduzir um novo sistema através dos dados biométricos dos cidadãos. Este novo sistema foi iniciado em março passado e dá direito a um cartão com a foto da pessoa e um código de barras com um número de registro que permite votar. (SP)








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