Rio+20: sociedade civil invoca mudanças na economia
Rio de Janeiro (RV) - Cerca de 100.000 ativistas, indígenas e estudantes protestaram
nesta quarta-feira sob chuva leve no centro do Rio de Janeiro, carregando cartazes
para exigir mudanças radicais na economia, em uma mobilização convocada paralelamente
à cúpula Rio+20.
A manifestação, convocada pela Cúpula dos Povos, alternativa
à conferência oficial, apresentou diversas exigências: desde deter o desmatamento
amazônico e contemplar os indígenas até levar em conta as condições salariais dos
funcionários públicos, passando pela reivindicação das minorias.
A polícia
estimou entre 80.000 e 100.000 manifestantes no protesto.
A maioria criticava
o "fracasso" da cúpula Rio+20, aberta nesta quarta-feira no Riocentro, localizado
a 40 km do local do protesto e considerada uma oportunidade histórica para impulsionar
um acordo mundial que freie a degradação ambiental do planeta.
Ativistas da
ONG ambientalista Greenpeace gritavam "quem não pular é ruralista", em uma crítica
direta aos promotores do Código Florestal, que estabelecerá a porcentagem de florestas
que os proprietários rurais devem conservar e que retornou ao Congresso após receber
um veto parcial de Dilma. (CM)