2012-06-20 18:35:48

Seminário debate projetos de inclusão dos povos ciganos nas suas terras natais


Roma (RV) – Realiza-se em Eger, na Hungria, o Primeiro Seminário Internacional sobre Projetos de Inclusão dos ciganos (do grupo ROM) na Europa Central e Oriental, organizado conjuntamente pela Comissão para a Pastoral dos Rom, da Conferência Episcopal Húngara, e pela Renovabis, uma das maiores organizações católicas da Alemanha.

O subsecretário do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, padre Gabriele F. Bentoglio, deu uma conferência no seminário na tarde desta terça-feira. Bentoglio apresentou a atividade da Igreja católica em prol do povo ROM, destacando que “o seu empenho se demonstra tanto na assistência estritamente pastoral, que abrange a dimensão espiritual, sacramental e litúrgica, quanto no esforço em comum para resolver graves questões sociais, como a emergência de moradia e de formação escolar e professional”.

O expoente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes apresentou as atribuições deste dicastério e dos organismos eclesiais europeus especialmente atentos aos ciganos, até chegar às atividades de dioceses, paróquias, institutos religiosos e movimentos eclesiais. Bentoglio falou ainda sobre o empenho do dicastério na colaboração com organismos internacionais.

A palestra abordou também as orientações para a pastoral dos ciganos deduzidas do magistério de Bento XVI, com especial referência ao discurso que o Santo Padre fez aos rom na audiência de 11 de junho de 2011, quando os recebeu no Vaticano.

Por último, o subsecretário propôs perspectivas para a futura atividade pastoral neste âmbito. Em síntese, afirmou que “nas últimas décadas, os governos e as organizações internacionais, mas principalmente as instituições eclesiais, demonstraram atenção a respeito dos rom, em especial mediante a busca de novos itinerários e métodos oportunos para melhorar as suas condições de vida, favorecer a sua integração e promover caminhos de comunhão”.

“Sem esquecer que também foram organizados encontros de reflexão e empreendidas iniciativas para erradicar fenômenos negativos, como o ‘anticiganismo’ que parece difundir-se na Europa e que repercute nas estruturas sociais, obstaculizando o esforço pela criação de uma mentalidade em que a desconfiança e o preconceito cedam espaço à solidariedade e ao respeito mútuo”.

“O caminho da integração implica essencialmente o reconhecimento da dignidade e da centralidade de cada ser humano, em condições de igualdade de direitos e de deveres. Sobre estas bases fundamentam-se os direitos humanos e os seus limites, entendidos como expressão de uma visão de humanidade que atribui à pessoa absoluta prioridade e os mais profundos valores”, concluiu Bentoglio. (Zenit/ED)








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