Genebra (RV) – Um total de 800 mil pessoas fugiram de seus países de origem
em 2011. Esse foi o maior número registrado nos últimos 11 anos, segundo informe do
escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), divulgado
nesta segunda-feira, 18. O relatório vem por ocasião do Dia Mundial do Refugiado,
celebrado nesta quarta-feira, 20 de junho.
De acordo com o documento, os principais
motivos que levaram as pessoas a abandonarem seus países foram crises humanitárias,
conflitos e violência. Para o Alto Comissário da ONU, Antonio Guterres, "em 2011 se
viu um sofrimento de tamanho memorável. Isso implica enormes custos pessoais para
todos aqueles que foram atingidos.
O lado positivo ressaltado por Guterres
foi o de a comunidade internacional ter ter mantido suas fronteiras abertas aos refugiados.
Contudo, é conhecida a resistência de alguns países em receber pessoas sem documentos
que vêm fugidas das suas pátrias, sem falar na pouca estrutura para acolhê-los.
O
Alto Comissário citou como exemplos positivos "Turquia, Iraque, Líbano e Jordânia,
que mantiveram suas fronteiras abertas aos refugiados sírios, da mesma forma como
tem sido feito pelos países vizinhos de Mali".
Segundo seu ponto de vista,
o retorno dessas pessoas a seus países de origem "teve bastante êxito", o que permitiu
que o número total de refugiados diminuísse ligeiramente e passasse de 10,5 milhões
em 2010 para 10,4 milhões em 2011.
Os países que tiveram mais fuga de pessoas
são: Afeganistão, com 2 milhões e 700 mil refugiados; Iraque, com 1 milhão e 400 mil;
Somália com 1 milhão e 100 mil; Sudão com 500 mil; e República Democrática do Congo
com 491 mil. (ED)