Apresentado Instrumentum laboris do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização
Cidade do Vaticano (RV) - Promover uma cultura mais profundamente radicada
no Evangelho para oferecer uma resposta adequada aos sinais dos tempos: essa é a nova
evangelização, tema da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, programada
para realizar-se, no Vaticano, de 7 a 28 de outubro próximo.
Foi feita na manhã
desta terça-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, a apresentação do Instrumentum
laboris, ou seja, o documento de trabalho da Assembleia. Subdividido em quatro
capítulos, o documento foi publicado em latim, italiano, francês, inglês, alemão,
espanhol, português e polonês.
Após ter repercorrido em síntese os pontos principais
do documento sobre o qual se concentrará o trabalho dos padres sinodais e ter ilustrado
aos representantes da mídia internacional o significado e a finalidade da nova evangelização,
o Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Dom Nikola Eterović, respondeu às perguntas
dos jornalistas ressaltando a importância do testemunho de todos os cristãos e do
contato pessoal na transmissão da fé. Nesse sentido, o arcebispo destacou dois setores
prioritários:
"O setor da missão 'ad gentes' (além-fronteiras) e o setor da
nova evangelização voltada para os nossos irmãos e irmãs que se distanciaram da Igreja."
A
nova evangelização deve levar em consideração os novos cenários em que a Igreja se
encontra atuando e transmitir a fé com novos instrumentos – ressaltou o Secretário-Geral
do Sínodo. O ponto de força central na nova evangelização é a família cristã, pequena
Igreja doméstica, no âmbito da qual justamente a figura da mulher desempenha um papel
determinante:
"No Instrumentum laboris se evidencia a importância dos
leigos, homens e mulheres na transmissão da Fé. Muitas respostas deram conta de que
a maioria dos catequistas são mulheres, verdadeiramente merecedoras de grandes elogios
pelo papel desenvolvido na transmissão da Fé. Também na família cristã as mulheres,
as mães são as primeiras evangelizadoras."
A nova evangelização deve também
ser entendida no sentido de uma profunda renovação interna da própria Igreja – observou
Dom Eterović. Uma tarefa imprescindível, sobretudo à luz dos recentes escândalos que
a atingiram.
"A nova evangelização não pode ter bom êxito se antes não houver
o momento de conversão, de purificação de todos os membros envolvidos nessa tarefa.
Devemos sempre ressaltar a imagem do sal da terra. Não é tanto a quantidade, mas a
qualidade de seus membros que será também a força portadora da nova evangelização."
(RL)