Cidade do Vaticano (RV) - O desejo mais profundo
do homem é amar e ser amado. Poder-se-ia dizer com razão que amar é tudo para o homem.
Contudo,
constatamos que o amor está sempre truncado pela morte e sofre todos os atentados
que o degradam, aviltam, ferem, matam.
O Amor na relação Deus-Homem foi aviltado,
ultrajado pelo homem que não respeitou o desejo do Amado, mas fez sua própria vontade
aconselhado pelo inimigo de Deus, personificado – na narração do Gênesis – na serpente
enganadora.
Deus respondeu a essa ofensa com a demonstração radical de amor:
se fez homem, e deu o sim esperado ao apelo do Amor, morrendo na cruz para a salvação
de todos os homens.
“Meu coração comove-se no íntimo e arde de compaixão. Sou
Deus e não homem; o santo no meio de vós, e não me servirei do terror”, nos fala Deus
na primeira leitura extraída de Oséias.
O amor humano de Deus se manifestou
plenamente em Jesus Cristo, a autêntica e definitiva aliança entre Deus e Homem, vemos
no Evangelho de João.
São Paulo, na segunda leitura, a Carta aos Efésios,
nos diz que conhecendo o amor de Jesus Cristo, teremos “a capacidade de compreender,
com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura, a profundidade, e de
conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo conhecimento, a fim de que sejais cumulados
até receber toda a plenitude de Deus’. O Coração de Jesus é
a explicitação do Amor de Deus, é a fonte do Amor onde todos nós saciaremos nosso
desejo de amar e ser amado.
Fomos criados à imagem e semelhança de Jesus Cristo,
por isso, ansiamos que o nosso coração seja semelhante ao d’Ele.
O homem feliz
é aquele que ama até o fim: assim é feliz, não esperando retribuição, mas amando eternamente,
em um ágape total e absoluto.