Igreja na Rio+20: sustentabilidade econômica, social e ambiental
Rio de Janeiro (RV) - Pela primeira vez no Rio de Janeiro e com participação
ativa na Rio + 20, o Núncio Apostólico - Observador Permanente da Santa Sé nas Nações
Unidas - Dom Francis Chullikatt, tem uma missão importante: destacar a pessoa humana
e os problemas ecológico-sociais dos países mais pobres, que, segundo ele, muitas
vezes não têm voz nas grandes conferências.
Junto com o Núncio Apostólico,
chegaram na última terça-feira, 12 de junho, ao Rio, três colaboradores: Padre Philip
J.Bené, Padre Justin Wylie e o Advogado Lucas Swanepoel, que já estão participando
da III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reúnem representantes governamentais
para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência.
Junto com
esta delegação, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer,
é o enviado especial do Papa Bento XVI para o evento. O Arcebispo de São Paulo foi
nomeado para os dias 20 a 22, quando se realiza o Encontro de Alto Nível da Conferência,
com a presença de diversos chefes de Estado.
Em entrevista para a WebTV Redentor,
Dom Francis Chullikatt falou sobre o papel da Igreja na Rio+20, destacando os três
aspectos do desenvolvimento sustentável: a sustentabilidade econômica, social e ambiental:
“A
Igreja é muito importante no desenvolvimento destes três aspectos. Relacionado ao
aspecto econômico, sabemos que a Igreja Católica sempre se preocupa com os países
pobres, por exemplo. Quando falamos do social, sabemos que a Igreja é totalmente envolvida
no crescimento da situação social do mundo. O terceiro aspecto, o ecológico, pode-se
destacar, aqui no Brasil, a preocupação com a proteção da Amazônia. Nós cuidamos da
natureza, porque nós católicos acreditamos na preservação”.
O Núncio Apostólico
mostrou-se preocupado em trabalhar durante a conferência principalmente com os países
pobres, já que a Conferência tem dois temas centrais: "A economia verde no contexto
do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza"; e "A estrutura institucional
para o desenvolvimento sustentável".
“Viemos mostrar especialmente aqueles
que não têm voz, especialmente o povo dos países pobres. Defendemos a humanidade e
as pessoas que têm a vida violentada pelo mundo. Temos que ter essa preocupação para
a vida humana ser preservada” - acrescentou Dom Chullikatt.
A Rio+20 marca
os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento
sustentável para as próximas décadas. O objetivo é a renovação do compromisso político,
com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas
na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e
do tratamento de temas novos e emergentes. (CM)