2012-06-06 16:16:11

Cáritas e ONU em parceria no ensino de português para refugiados


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Manaus (RV) - O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, organiza aulas de português para facilitar a integração de estrangeiros que agora vivem no Brasil. As classes, em Manaus, ocorrem três vezes por semana e são organizadas em parceria com a rede Cáritas. Segundo a agência da ONU, as aulas tem uma didática específica para facilitar o ensino do idioma aos adultos.

Fator Cultural

Em entrevista à Rádio ONU, de Brasília, o representante do Acnur no país, Andrés Ramirez, destacou que falar português é fundamental para a inserção na cultura brasileira.

"A verdade é que é uma política nossa fundamental, para poder garantir que as pessoas possam se inserir no mercado de trabalho. Uma das dimensões fundamentais para entrar no processo de integração da sociedade brasileira é o tema da cultura. E um aspecto chave da cultura é o tema da língua. Nós temos feito questão de garantir que as pessoas possam ter aulas de português."

Oportunidades

Segundo Andrés Ramirez, atualmente vivem no Brasil refugiados de mais de 70 nacionalidades. Angelica Lozano fugiu do conflito armado da Colômbia. Vivendo há pouco mais de um ano em Manaus, ela garante que aprender português mudou sua rotina.

"Realmente mudou muito, porque nós socializávamos, estávamos juntos. Eu saía das aulas e começava a falar com todo mundo. Foi uma ajuda muito grande, realmente, as aulas para nós. Fiquei muito mais confiante. A gente conseguir entender o que os outros nos falam é um processo. É um processo, mas graças a Deus, deu certo."

Após aprender português com a ajuda do Acnur, no fim do ano passado, Angélica Lozano conseguiu um emprego e atualmente trabalha na Cáritas Manaus.

Didática

Andrea Gomes, é a Coordenadora do Projeto de Proteção e Assistência a solicitantes de refúgio e refugiados da Cáritas de Manaus. Ela conta que as aulas começaram em 2011 e que neste ano existem duas turmas de 20 pessoas. Andrea destaca a didática, mais voltada à conversação.

“A gente procura trabalhar mais a conversação para que eles consigam se comunicar nas ruas, no final é isso que importa”.


(ONU/RB)







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