Conclusão do IV Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais
Astana (RV) – Nos dias 30 e 31 de maio passados, a capital do Cazaquistão,
Astana, acolheu o IV Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais. Bento
XVI designou como chefe da delegação vaticana – composta por 11 membros - o Cardeal
Giovanni Lajolo, Presidente Emérito da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade
do Vaticano e do Governatorato do Estado.
A Igreja Católica no Cazaquistão
não conta com presença muito numerosa, não obstante, a Santa Sé deu muita importância
ao evento, que se repete a cada três anos desde 2003. Quanto ao “papel dos líderes
religiosos no caminho do desenvolvimento sustentável”, foi ressaltada a ideia de Bento
XVI exposta na encíclica Caritas in Veritate a esse respeito. O Papa, no documento,
convida a uma reflexão sobre o sentido da economia e dos seus fins, bem como a uma
revisão profunda do modelo de desenvolvimento atual.
Retomou-se, portanto,
a conceito explicitado pelo Santo Padre de que, para sair da crise, que não é somente
econômica, mas também cultural e moral, é preciso recorrer ao princípio da gratuidade
e à lógica da doação, na qual o lucro pessoal não é regra.
Quanto è relação
entre religião e multiculturalismo, assinalou-se que, se no passado as religiões constituíam
a alma dos povos e das culturas, atualmente impera a globalização. Nos últimos vinte
anos, contudo, observa-se o retorno das religiões à cena pública mundial.
Outros
temas abordados foram “religião e mulher” e “religião e juventude”. (ED)