2012-06-03 09:13:27

Síria: preocupação pela fuga de cristãos


Roma (RV) - Notícias preocupantes pela situação dos civis em fuga do conflito civil na Síria. O porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, em Damasco, Rabab Al Rifai referiu à agência Misna sobre a crítica situação na localidade de Homs, onde a organização humanitária está levando ajudas.

“Pelo menos 5 mil refugiados, sobretudo mulheres e crianças provenientes em particular do vilarejo de Taldo - disse – se encontram neste momento em Burj el Kay, outro vilarejo da área de Houla distante cerca 5 quilômetros do local onde na semana passada perderam a vida mais de 100 pessoas”.

Aos deslocados que “estão sendo alojados nas escolas, em edifícios públicos ou em casas de parentes” estamos fornecendo - acrescentou Rabab Al Rifai – gêneros alimentícios e de primeira necessidade, água potável, e produtos para recém-nascidos”.

A área de Houla, composta por diversos vilarejos, habitados seja por comunidades sunitas que alawitas, teria sido cenário – escreve a agência Misna – de novas violência nesta quinta-feira com o exército que, segundo fontes próximas à oposição, teria utilizado artilharia pesada.

Após os fatos de Houla, sobre os quais estão investigando os observadores da comunidade internacional, há mais de um mês presentes em território sírio na tentativa de monitorar um cessar-fogo que jamais entrou em vigor, diversos países – entre os quais Itália, França, Alemanha, Grã Bretanha, Turquia e Estados Unidos – expulsaram os representantes diplomáticos de Damasco atribuíndo ao governo a responsabilidade dos massacres de Houla onde foram mortas 108 pessoas entre as quais dezenas de crianças.

Uma parte da oposição (o Conselho nacional sírio) por sua vez pediu à ONU que autorize uma intervenção armada, enquanto o Exército sírio livre – que reúne combatentes anti-regime – deu um ultimato ao governo para que detenha até esta sexta-feira as operações militares ameaçando represálias.

A Rússia continua, ao invés, a apoiar o presidente sírio Bashar Al Assad – que nesta quinta-feira ordenou a libertação de 500 prisioneiros – e o plano de paz apresentado pelo enviado especial da Liga Árabe e ONU, Kofi Annan.

Nas últimas declarações, Annan convidou todas as partes em conflito a darem “passos importantes”, e calarem as armas e a iniciarem negociações para uma solução política do conflito. (SP)







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