2012-06-01 21:22:19

No concerto com o Papa, alla Scala, recordadas as vítimas do terramoto


(01/06/12) Foi dedicado às vítimas do terramoto que abalou o centro da Itália o concerto que teve lugar no Teatro da Ópera de Milão, alla Scala. A orquestra e o coro deste teatro executaram a Nona Sinfonia de Ludwig van Beethoven, sob a direção do maestro Daniel Barenboim.
Também o Santo Padre, intervindo no final, o mencionou expressamente:
"O concerto desta noite, que deveria ser uma festa, ficou assinalado pela sombra do sisma que tanto sofrimento tem provocado em muitos habitantes do nosso país". "Sentimo-nos paralisados pela dor por tanta incompreensível destruição que custou vidas humanas e arrebatou casa e bens a muitos."

O Papa aludiu ao "Hino à alegria", do poeta alemão Schiller, que Beethoven faz cantar na parte conclusiva da Sinfonia e que - observou - nos aparecem vazias, sem sentido, perante o sofrimento presente. E prosseguiu:
"Não precisamos de um discurso irreal sobre um Deus distante e uma fraternidade pouco exigente. Procuramos o Deus próximo. Procuramos uma fraternidade que, no meio dos sofrimentos, apoie o outro e o ajude a prosseguir o caminho. Após este concerto, muitos irão à adoração eucarística - ao Deus que se inseriu nos nossos sofrimentos e continua a fazê-lo. Ao Deus que sofre conosco e por nós, tornando-nos capazes de partilhar o sofrimento do outro e de o transformar em amor. É precisamente a isso que nos sentimos chamados com este concerto".

Concluindo, Bento XVI, em palavras que tinham todo o tom da improvisação pessoal, agradeceu ao maestro Barenboim a escolha da Nona Sinfonia de Beethoven, música que "permite lançar uma mensagem que afirme o valor fundamental da solidariedade, da fraternidade e da paz". Mensagem preciosa também para a família - observou - "porque é na família que se experimenta pela primeira vez que a pessoa humana não é criada para viver fechada em si mesma, mas sim em relação com os outros. É na família que se compreende que a realização de si não está em colocar-se no centro, guiados pelo egoísmo, mas sim no dar-se. É na família que se começa a acender no coração a luz da paz, para iluminar este mundo."







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