2012-05-31 11:09:49

Futuro missionário revela como é formação do PIME em Santa Catarina


RealAudioMP3
Cidade do Vaticano (RV) – Na semana passada conhecemos um pouco do trabalho que o Pontifício Instituto para as Missões Exteriores (PIME) realiza no Seminário Filosófico Missionário, em Brusque, Santa Catarina. Pe. Flavio Piccolin, reitor do Seminário revelou que a formação é muito parecida com aquela dos seminários diocesanos, porém o foco é voltado para as missões.

Vocação missionária

Mateus Didonet, 27 anos, é de Brasília e está no último ano de formação. Ele conta que antes de ouvir o “chamado” seguiu o caminho da maioria dos jovens em época de vestibular.

“Minha vocação surgiu no ambiente da minha paróquia. Na hora de escolher profissão eu me perguntei: em qual eu poderia fazer algo que não fosse levado pelo tempo? Naquele momento, acabei escolhendo a Física. Mas depois eu fui perceber, analisando a nossa crença – da vida eterna – o que faz aqui passa, mas o que a gente faz para os outros acrescenta à vida eterna. No final, acabei me formando em Física, mas deixei meus planos antigos pelos planos de Deus”.

Missão além-fronteiras

Único braço do PIME no Brasil, o Seminário atualmente conta com 14 seminaristas. Pouco, porém conscientes do diferencial que a missão “ad gentes” exige – e exigirá.

“Se eu tivesse entrado para a minha paróquia eu meio que ficaria somente lá no Distrito Federal. Mas algo dentro de mim gritava para ir além. Isso me inquietava. Busquei bastante até me decidir pelo PIME. O que me encantou no PIME foi esse ideal de anunciar Cristo a quem nunca ouviu falar. Sempre tive o sonho de trabalhar com os mais pobres e quando ouvimos as histórias dos padres na África, isso também me encantou muito já que o foco do PIME é, antes de qualquer coisa, o de evangelizar.

Estudos no exterior

Concluídos os estudos no Brasil, os seminaristas do PIME continuam a formação no exterior.

“Aqui em Brusque ficamos quatro anos. Um ano de propedêutico e três de filosofia. Depois, quase todos vamos para a teologia, na Itália, em Monza, sede do PIME ou nas Filipinas. Ano que vem eu sigo para a Itália onde terei ainda de 5 a 6 anos de estudo”.

Durante tantos anos de estudo, a missão é o fio condutor da formação. Mateus ainda acrescenta:

“É um pouco o mistério do chamado de Jesus. Ide por todo o mundo e pregai o evangelho. Jesus chamou dessa forma porque eu acho que nesse mistério do missionário sair da sua terra, acaba sendo uma conversão para nós que saímos e um testemunho para quem nos recebe. E a gente reza e espera que esse chamado missionário de Jesus se expanda para toda a Igreja”.

Semana que vem vamos conhecer outro seminarista do PIME, Roberto José Lago de Souza, e o medo quando pensa em seguir em missão.

“O medo ainda existe um pouquinho, o medo do novo”.

(RB)








All the contents on this site are copyrighted ©.