2012-05-26 11:15:51

CNBB no debate do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social


Brasília (RV) - Nos dias 24 e 25 de maio, os integrantes do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social estiveram reunidos em Brasília. Como parceira do Fórum, a CNBB foi representada no evento por Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo de Franca (SP) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz.

A reunião resultou na elaboração de uma carta de posicionamento diante da atual conjuntura nacional. O bispo explicou que o encontro anual dos representes das entidades parcerias serviu para acertar os próximos passos em vista da Rio+20, a Cúpula dos Povos e o debate do novo Código Florestal.

“Analisamos as medidas propostas pelo capitalismo internacional para a defesa do meio ambiente, com a chamada ‘economia verde’. Os organismos internacionais que estão próximos de grupos como agricultores, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, não vêem essa solução como eficaz, democrática ou popular. A ‘economia verde’ é na verdade mais um instrumento para o capital pintar de verde o capitalismo, que sempre foi tão cinzento”.

A mensagem final da reunião do Fórum reafirmou que a natureza não tem preço, ao dizer que as entidades são contrárias ao discurso que apresenta a economia verde como a solução para os problemas que o planeta: “Somos contrários à economia verde, bem como aos instrumentos apresentados pelo mercado e assumidos pelos governos no bojo da discussão do combate às mudanças climáticas” - afirmou o bispo.

Em relação ao veto parcial ao texto do novo Código Florestal, apresentado sexta-feira, Dom Pedro declarou satisfação com a decisão da Presidência da República: “Há tempos o Fórum e as entidades parceiras vinham lamentado a tramitação e o resultado trágico e negativo que a Câmara dos Deputados apresentou. Por isso, recebemos com bastante conforto, alívio e alegria estes vetos da Presidente da República. Demonstraram a sensatez e a sensibilidade à opinião, seja de quem trabalha no Ministério do Meio Ambiente, seja dos movimentos sociais e cientistas. É uma vitória, que não é total, mas em que foram vetados pontos que seriam muito nocivos à questão do meio ambiente no Brasil. Isso dá fôlego para que continuemos no trabalho de mobilização, conscientização e participação do nosso povo”.
(CM-CNBB)








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