Cidade do Vaticano (RV) - A atual crise mundial está atingindo as principais
organizações humanitárias com pesadas conseqüência sobre populações pobres do planeta.
A solidariedade das pessoas não falta, mas as dificuldades nas ajudas são evidentes.
Tais dificuldades atingem também a Caritas. Eis o que disse à Rádio Vaticano o responsável
da área internacional da Caritas italiana, Paolo Beccegato.
R. – "Se eu der
uma olhada em âmbito internacional, ouvindo também os meus colegas das outras Caritas,
eu diria certamente que atingem a Caritas; a causa principal está ligada à diminuição
dos financiamentos, sobretudo por parte dos governos e das agências coligadas. Portanto,
o sinal que chegou também dos recentes encontros da Caritas Internationalis e da Caritas
Europa é um sinal de forte preocupação porque muitas Caritas, sobretudo do Norte da
Europa, que garantiam fluxos consistentes de fundos para projetos em todo o mundo,
estão reduzindo as doações em relação aos anos passados. Portanto, neste momento registra-se
uma diminuição, de modo bastante consistente desses fundos. Por sua vez, porém, é
necessário dizer que aumenta a solidariedade do povo: provavelmente, vivendo também
na própria pele uma crescente pobreza ou observando de perto a pobreza, em qualquer
modo aumenta o índice de solidariedade de muitas pessoas. Esse é um dado mais qualitativo,
porém me parece importante evidenciá-lo".
P. – Quais são os setores mais atingidos? R.
– "Do ponto de vista econômico, certamente há uma redução das entradas ordinárias.
Se no que diz respeito às grandes emergências – graças também aos meios de comunicação
– a solidariedade não falta, nas questões periódicas, ou seja, a pobreza ordinária
na Itália, na Europa e no mundo, os projetos destinados à pobreza extrema, à pobreza
esquecida, passam por dificuldades cada vez maiores para receber financiamentos, se
comparado – evidentemente – ao que ocorria anos atrás, em particular até 2008". (SP)