Vídeo do CELAM denuncia o assassinato de 22 jornalistas na América Latina
Bogotá (RV) – O Departamento de Comunicação e Imprensa do Conselho Episcopal
Latino-americano (CELAM) realizou um vídeo por ocasião do Dia Mundial das Comunicações
Sociais 2012, celebrado no último domingo, 20 de maio.
O vídeo, retomando
as palavras da Mensagem do Papa "Silêncio e Palavra. Caminho de Evangelização", apresenta
imagens de pessoas que gritam e de outras com a boca amordaçada. Alternadas às imagens,
aparecem alguns slogans significativos: "O silêncio é a maior palavra" ou "Palavra
que denuncia a morte". A seguir, o elenco dos países da América Latina onde 22 comunicadores
foram assassinados em 2012: nove no México, seis no Brasil, dois na Bolívia, três
em Honduras, e um na Argentina e na Colômbia.
O México, portanto, lidera a
classificação. Na segunda-feira, o Instituo Internacional da Imprensa (International
Press Institute - IPI) condenou energicamente o homicídio do jornalista mexicano Marco
Antonio Garcia Avila, que foi sequestrado no Estado de Sonora.
"Quando acabará
essa matança de jornalistas no México?", disse a diretora de IPI, Alison Bethel McKenzie,
em declaração pública. "Não é um segredo que o México está enfrentando uma grave crise
de segurança pública, mas não deveria ser menos evidente que os jornalistas desempenham
um papel extremamente importante para atenuar a crise, trazendo à tona as atividades
dos carteis de droga e dos políticos corruptos que os financiam", acrescentou.
A
Igreja Católica se expressou mais de um vez a respeito. A Arquidiocese de Cidade do
México pediu que se detenha definitivamente a violência que todos os dias faz aumentar
o número das vítimas e das famílias em luto.
Somente dois dias atrás, a Arquidiocese
deplorou os massacres, denunciando que "os mexicanos estão começando a habituar-se,
perdendo a capacidade de indignação e a vontade de pedir justiça".
Em 2011,
o México foi o país com o maior número de jornalistas assassinados: 12. Desde 2006,
foram mortos no país 53 jornalistas, segundo o último relatório IPI.