Amã (RV) - A Sociedade Saint Yves (SY), organismo católico de Direitos Humanos
ligado ao Patriarcado Latino de Jerusalém, diz que a política de racionamento de água
do exército israelense, na Cisjordânia, é um “atentado” à sobrevivência dos palestinos.
Num texto publicado na página internet do Patriarcado, a instituição de solidariedade
denuncia que, somente entre 2010 e 2011, as forças hebraicas demoliram “46 cisternas,
prejudicando 14 mil pessoas e forçando o êxodo de várias famílias” palestinas, que
dependem sobretudo da agricultura e da criação de gado.
Segundo a Sociedade,
o Estado de Israel tem jurisdição sobre “todas as obras de construção de sistemas
de água” e as licenças podem “levar anos”, tendo uma “percentagem de aceitação de
1 a 6%, confirmada por estatísticas militares israelenses”. “A maior parte das comunidades
são vulneráveis às demolições, pois a necessidade urgente de água fala mais alto do
que as considerações administrativas”, acrescenta.
Para a organização católica,
“a política de demolição das estruturas de água é o resultado de uma estratégia concertada
por Israel para forçar a saída dos palestinos”. Como forma de resolver esta “causa
humanitária urgente”, que “ultrapassa o conflito palestino-israelense”, a Sociedade
Saint Yves já fez chegar uma petição junto do Supremo Tribunal Israelense. (SP)