2012-05-22 12:34:51

Malta: carta pastoral para fortalecer a família


Gozo (RV) – Fortalecer o papel da família na sociedade. É o que pede o Bispo de Gozo, Ilha de Malta, Dom Mário Grech, na carta pastoral dedicada à família e divulgada no último domingo para apresentar o Encontro Mundial das famílias que irá se realizar no final deste mês na cidade de Milão, norte da Itália. Na carta com o título “Fortalecimento da família”, o bispo aborda muitas questões de atualidade entre as quais a introdução do divórcio na legislação de Malta, decretada um ano atrás pelo referendo popular.

Exatamente sobre essa questão escreve o prelado: “Em Malta, nestes últimos anos, foram lentamente, mas inexoravelmente semeadas dúvidas sobre o que representa a família, sua missão e seu papel na sociedade. A verdade sobre a natureza e a identidade da família tornou-se supérflua. Muito se falou e se fez para enfraquecer a família como célula fundamental da sociedade. A introdução do divórcio na legislação sobre o matrimônio em Malta é o caso mais claro. Mas não é o único”.

O que preocupa o prelado é a difusão de “uma mentalidade individualista. Neste contexto, é indispensável que a família readquira seu status de instituição”. Por isso o apelo do Bispo para que as famílias se reúnam em associação.

Na carta são apontadas também as questões que pedem uma intervenção: “Primeiramente – escreve Dom Grech – é essencial ter uma clara e não ambígua definição de família. Por família nós entendemos uma sociedade natural de pessoas, alicerçada sobre a relação entre um homem e uma mulher e sobre o indissolúvel laço conjugal”. “Isto significa – continua o Bispo – que a ‘família’ não pode ser usada para indicar um mero reconhecimento jurídico de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou de acordo semelhantes”.

“Do momento que a família é a unidade primária e indispensável da sociedade, à família deve ser devidamente atribuído um status privilegiado por parte do Estado. Nenhum outro tipo de relação entre as pessoas – insiste o prelado – deve ser identificado com a família”.

Na carta, o Bispo fala também da família como “o santuário em que desabrocha a vida humana e amadurece”. Por isso, “o respeito absoluto em relação à vida humana deste seu início até seu fim natural” e um não claro ao aborto e à eutanásia. A carta termina com um apelo às famílias para que não fiquem à “sombra” e atuem “no cenário público como protagonistas para fazer ouvir sua voz. É indispensável que a família seja reconhecida como sujeito e interlocutor de modo que, num contínuo diálogo com o Estado, contribua na consolidação do bem comum”. (SP)








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