Banco Mundial defende integração regional contra a pobreza
Nova Iorque (RV) - A pobreza pode ser combatida por meio de uma melhor integração
entre regiões, defende o vice-presidente para Redução da Pobreza e Gerenciamento Econômico
do Banco Mundial. Otaviano Canuto participou, na última sexta-feira, em Nova Iorque,
do Debate de Alto Nível sobre o Estado da Economia e Finanças Mundial e seu Impacto
no Desenvolvimento.
Durante intervenção no encontro, o vice-presidente do Banco
Mundial lembrou que os países fechados por terra poderiam ser beneficiados por meio
de acordos regionais de comércio. Em entrevista à Rádio ONU, Otaviano Canuto falou
que essa integração ajudaria nas importações e exportações.
"Por abrir oportunidades,
principalmente para os países que não tem acesso direto, por exemplo, ao mar. Sem
integração física, ou seja, sem adequados meios de transporte, as regiões que não
têm à disposição o acesso, elas não podem comprar adequadamente. Não podem importar
alimentos; também não podem oferecer no mercado lá fora aquilo que elas podem produzir.
O comércio beneficia e portanto, um dos mecanismos para a redução da pobreza é justamente
integrar as regiões."
O especialista do Banco Mundial disse que esse é um problema
especialmente em países africanos que não têm ligação com o mar. Otaviano Canuto também
afirmou que os países do G-8 podem ajudar a reduzir a pobreza, caso invistam em infraestrutura
para melhorar a produção agrícola mundial e evitem medidas protecionistas.
Já
o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, defendeu, ao fim do debate de alto nível,
que os esforços para recuperar a economia global sejam baseados numa visão a longo-prazo
de sustentabilidade.