Igreja portuguesa perde missionários; maioria está no Brasil
Lisboa (RV) – A Igreja Católica em Portugal tinha 699 missionários em 2011,
distribuídos por dezenas de países, um número que revela uma quebra de 84 pessoas
face a 2009.
Os dados são revelados pelo “Relatório sobre os Missionários,
Missionárias e Leigos Portugueses em Missão Ad Gentes em 2012”, hoje enviado à Agência
Ecclesia pelo padre Antônio Lopes, diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias.
Os
missionários e missionárias leigos são neste momento em maior número (287), seguindo-se
as religiosas (208) e os missionários padres e religiosos (203).
O Brasil é
o país que acolhe mais missionários e missionárias consagrados (81), sendo Moçambique
o destino mais procurado pelos missionários leigos (121).
Na globalidade, África
é onde está o maior número de missionários portugueses (464), seguindo-se a América
(125), a Europa (70) e a Ásia (40).
Além dos países e territórios lusófonos,
surgem na lista outras 40 nações.
Os dados dos leigos missionários são oferecidos
pela Fundação Fé e Cooperação (FEC), que recentemente lançou o estudo ‘Voluntariado:
Missão e Dádiva’, no qual traçava o perfil destes voluntários, sobretudo jovens do
sexo feminino, licenciadas, financeiramente autónomas e ligadas a áreas orientadas
para a ajuda ao próximo, como a educação e a saúde.
O retrato sociocultural
de cada candidato, traçado ao longo de um ano a partir de dados recolhidos junto de
57 organizações de cooperação para o desenvolvimento, sublinha que quem parte em missão
“sofre uma espécie de chamada interior” e está naturalmente predisposto a “colocar
o seu saber e disponibilidade ao serviço do outro”.
Indicadores retirados entre
2005 e 2010 mostram ainda que o tempo de missão oscila sobretudo entre um e três meses
mas há cada vez mais pessoas a optarem por períodos mais longos, que vão até dois
anos de missão.