Encontro em Roma dedicado ao Cristianismo na África
Roma (RV) – O Cristianismo na África – o continente com a mais alta percentagem
de aumento do número dos fiéis – “pode ser uma proposta diferente” de humanismo, de
sociedade e de cultura, “não individualista e materialista” e “não autoreferencial”.
É o que afirmou ontem em Roma, Mons. Alberto Trevisil, reitor da Pontifícia Universidade
Urbaniana, abrindo os trabalhos do encontro internacional organizado pela Pontifícia
Universidade Urbaniana, de 14 a 16 de maio, sobre o tema: “À escura da África: seus
contextos, suas esperanças, e suas potencialidades”.
“A ideia da África que
nos chega através dos meios de comunicação – observou o reitor – é parcial e manipulada.
Sabemos que os desafios que nos apresenta o mundo de hoje - desde a economia, passando
pela cultura e chegando à política internacional -, lançam com força a exigência fundamental
de um diálogo entre os povo. Hoje, nenhuma cultura pode sozinha enfrentar seus problemas
esquecendo-se dos horizonte mais amplo do mundo”. “A nossa intenção – explicou – é
nos colocarmos à escuta da África. Muitas vezes, também na Igreja, podemos ser tentados
a acreditar que a África seja uma nova edição do Cristianismo à nossa imagem. Os testemunhos
da teologia e da filosofia africanas nos deixam claro que a África não é uma fotocópia
do Ocidente, e nem deve ser!”. (SP)