2012-05-13 10:42:11

Papa apela à solidariedade e à caridade na Eucaristia presidida em Arezzo


(13/05/12) O Papa partiu esta manhã às 8 horas para a Diocese italiana de Arezzo-Cortona-San Sepolcro. Depois das boas-vindas o Papa deslocou-se imediatamente para a o Parque de Prato, junto à Catedral de Arezzo, onde celebrou a Eucaristia, com a participação de umas 30 mil pessoas.
Na homilia, Bento XVI sublinhou a dimensão de amor a Deus e ao próximo de que falavam as Leituras, exortando a manter vivo, nestes tempos de crise económica e social, a solidariedade e a atitude de acolhimento e proximidade que marcaram no passado estas terras, tendo bem presente o espírito de Francisco de Assis.
“Esta terra, onde nasceram grandes personalidades do Renascimento teve parte ativa na afirmação daquela concepção do homem que marcou a história da Europa, fortalecendo-se com os valores cristãos” - observou o Papa.
No contexto da Igreja italiana, empenhada sobre o tema da educação, e nesta Região (da Toscânia) pátria do Renascimento, precisamos de nos interrogar que visão do homem somos capazes de propor às novas gerações – considerou Bento XVI.
“A Palavra de Deus, que ouvimos, é uma forte convite a viver o amor de Deus para com todos, e a cultura destas terras tem entre os seus valores distintivos a solidariedade, a atenção aos mais débeis, o respeito pela dignidade de cada um.
O acolhimento , que mesmo em tempos recentes, soubestes dar a quando vieram em busca de liberdade e de trabalho, é bem conhecido. Sermos solidários com os pobres é reconhecer o projeto de Deus Criador, que fez de todos uma só família”.
Não faltou uma alusão do Papa às dificuldades concretas que também nesta zona de Itália vive a população devido à atual crise:
“A complexidade dos problemas torna difícil individuar as soluções mais rápidas e eficazes para sair da situação presentes, que afeta especialmente as faixas mais débeis e muito preocupa os jovens. A atenção aos outros, desde séculos remotos, levou a igreja a solidarizar-se concretamente com quem se encontra em necessidade, partilhando recursos, promovendo estilos de vida mais essenciais, contrastando a cultura do efémero, que iludiu muitos, determinando uma profunda crise espiritual”
O Papa convidou os fiéis deste diocese – “enriquecida pelo luminoso testemunho do Pobrezinho de Assis – a continuar a estar atenta e solidária para com quem se encontra em necessidade, ensinando a “superar lógicas puramente materialistas, que muitas vezes marcam o nosso tempo e acabam por debilitar o sentido de solidariedade e de caridade”.
Na conclusão da Missa, antes da oração mariana do tempo pascal, Regina Coeli, o Papa convidou os fiéis que tomaram parte na missa em Arezzo a congregarem-se espiritualmente perante a imagem de Nossa Senhora do Conforto, venerada na catedral da cidade. Como Mãe da Igreja - disse Bento XV - Maria Santíssima quer sempre confortar os seus filhos nos momentos de dificuldade e de sofrimento. E a cidade de Arezzo já experimentou muitas vezes o seu materno socorro. Por isso, também hoje confiamos à sua intercessão todas as pessoas e as famílias mais necessitadas da vossa comunidade. O Papa invocou também, através de Nossa Senhora, o conforto moral para toda a Comunidade de Arezzo e de toda a Itália para que resistam à tentação de desanimar perante a crise. Fortificados na tradição humanística, retomem, decididamente, o caminho da renovação espiritual e ética, o único capaz de conduzir a um autêntico melhoramento da vida social e civil.
Concluída a Missa, o Papa deslocou-se de automóvel à catedral de Arezzo, em visita privada. Acolhido pelos Cónegos , o Papa deteve-se na capela do Santíssimo Sacramento, para um momento de oração eucarística, venerando aí também a imagem de Nossa Senhora da Consolação, a que os fiéis de Arezzo são muito devotos. Encontravam-se presentes as monjas carmelitas descalças de um mosteiro da região. Seguidamente, através de uma passagem interna, Bento XVI passou da catedral ao paço do bispo, onde almoça com os Bispos da Toscânia.

De tarde o Santo Padre partirá, às 17 horas, de helicóptero, para o santuário franciscano de “La Verna”. Ao fim da tarde, a última etapa: Borgo San Sepolcro, cidade construída há mil anos em honra das relíquias do Santo Sepulcro e inspirada nos valores da justiça e da paz. Ali terá um encontro com a população. Depois, o regresso ao Vaticano, sempre de helicóptero.







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