Nova Zelândia: crítica ao governo sobre anticoncepcionais
Wellington, (RV) - O Grupo de Ação contra a Pobreza no Auckland (Nova Zelândia)
qualificou como "completamente inaceitável" o plano do Governo de dar anticoncepcionais
às mulheres que recebem ajudas sociais com a finalidade de que já não tenham mais
filhos. O Governo do primeiro ministro John Key anunciou que destinará 795.000 dólares
para financiar os métodos contraceptivos e abortivos, como o dispositivo intrauterino
(DIU), a mulheres que dependem de ajudas do governo evitando assim que tenham mais
filhos e prorroguem ou aumentem os subsídios que recebem.
A imprensa local
informou que vão aplicar a medida primeiramente nas adolescentes desempregadas e posteriormente
em todas as mulheres que recebem subsídios e nas suas filhas que tenham entre16 e
19 anos. Sue Bradford, porta-voz do Grupo de Ação, criticou esta iniciat iva ao dizer
que o Estado não deve ter “um papel na vida reprodutiva das mulheres”. “O que nos
preocupa é que haja pressões e intimidações para que as mulheres compareçam a estas
consultas médicas sobre a anticoncepção”, advertiu. Rebbeca Occleston, representante
do Serviço de Consultoria aos Beneficiários do Christchurch, qualificou a medida como
“insultante” e criticou que as autoridades julguem que as mulheres procriam somente
para ter mais ajuda social. (SP)