Cidade do Vaticano (RV) – Na última terça-feira, 8, o Prefeito da Congregação
para o Clero, Cardeal Mauro Piacenza, presidiu a Celebração Eucarística inaugural
do Congresso Internacional sobre a Catequese, com o tema: “Iniciação Cristã e Nova
Evangelização”. O purpurado afirmou em sua homilia que “os santos são a mais eficaz
catequese vivente que Deus mesmo oferece a seu povo”. Disse também que a tarefa da
catequese é “vencer o analfabetismo religioso, ensinar o que Deus nos disse” sem deixar-se
paralisar pelas intermináveis perguntas metodológicas!”. “Os problemas metodológicos,
são superados largamente pelos santos que, com sua simplicidade e vida, são a mais
eficaz catequese vivente que Deus mesmo oferece a seu povo”.
Comentando a liturgia
do dia, o Cardeal explicou que a “abertura da porta da Fé aos pagãos” presente nos
Atos dos Apóstolos, “é tarefa primeiro de Deus! Se perdermos de vista esta ‘primazia'
da Obra de Deus, qualquer esforço nosso estará destinado a não dar os frutos esperados”.
“É Deus quem abre a porta da Fé a nossos irmãos e o faz, primeiro através de seu Filho
Unigênito. Ele é a ‘porta das ovelhas', via universal e única de salvação para todos
os homens”.
O Cardeal Piacenza declarou que para esta tarefa da catequese
é necessária a cooperação livre do ser humano, acompanhada pela graça de Deus, para
promover a tarefa da nova evangelização. “De um lado a catequese deve colaborar com
o Senhor a ‘abrir a porta da fé', mostrando de modo profundamente razoável e humano,
inclusive afetivamente, receptivo, a grande possibilidade de vida, de significado
e cumprimento que Deus oferece aos homens”.
Dessa forma, a perspectiva humana
poderá se tornar fascinante e estimular a catequese a “sustentar a inteligência da
Fé, através do conhecimento da Revelação, seja em seus aspectos relacionais ou naqueles
mais tipicamente doutrinais”, sublinhou o Prefeito da Congregação para o Clero. “Devemos
reconhecer que a vida moral, intra ou extra eclesial, foi terrivelmente debilitada
por uma catequese insuficiente, por uma formação incapaz, talvez, de dar as razões
que a exigência do Evangelho, e de mostrar, na concreta experiência existencial, como
elas são extraordinariamente humanizantes. Certamente tudo isso não é culpa do Concílio!”,
concluiu. (SP)