Obras Missionárias refletem sobre Nova Evangelização e Ano da Fé
Roma
(RV) - Teve início nesta segunda-feira, 7 de maio, na Casa de Exercícios Espirituais
dos Salesianos em Roma, os trabalhos da Assembleia Geral Anual das Pontifícias Obras
Missionárias (POM). Até a próxima sexta-feira, 11, cerca de 100 diretores nacionais
das POM de todos os continentes estão reunidos com o presidente e os secretários-gerais
das quatro Obras Missionárias (Infância e Adolescência Missionária, Propagação da
Fé, União Missionária e São Pedro Apóstolo). O diretor nacional das POM do Brasil,
Padre Camilo Pauletti, que participa do encontro pela segunda vez, e adiantou à RV
o teor deste evento.
“Nesta Assembleia faz-se prestação de contas, aprovam-se
projetos e se reflete sobre algum tema propício para o momento. Neste ano, estamos
refletindo sobre a Nova Evangelização. O Papa está preparando o Sínodo e o Ano da
Fé e nós também, como diretores nacionais, estamos vivendo este momento e esta convocação.
Nestes dois primeiros dias, especificamente, estamos refletindo sobre estes temas.
Esta Assembleia é também um momento de confraternização, de partilha, de convivência”.
Pe.
Camilo Pauletti descreve o trabalho das POM no Brasil:
“Nós procuramos,
de modo geral, em toas as Dioceses e regiões, fazer crescer a consciência missionária,
a cooperação entre as Igrejas, a solidariedade. Ajudamos também a criar os Conselhos
Missionários, seja em nível diocesano como paroquial. Como Obras Missionárias, no
Brasil, por exemplo a Infância e a Adolescência Missionária tem ao redor de 30 mil
grupos, que são fermentos nas comunidades. Na Propagação da Fé, estamos desenvolvendo
um trabalho com a juventude missionária. Estamos começando com famílias missionárias.
A Obra de São Pedro Apostolo aborda a consciência na formação, seja com seminaristas,
que estão se preparando ao ministério, como com leigos e padres. A consciência missionária
se adquire quando se investe na formação”.
Por fim, o diretor nacional
analisa os maiores desafios enfrentados pelas Obras:
“Os desafios são muitos.
Vivemos num mundo secularizado, onde predominam o individualismo, o egoísmo, cada
um quer tirar vantagem. A parte comunitária, da fraternidade, do ‘viver em comum’,
fica prejudicada. O espírito missionário também precisa entrar e ajudar, fazer com
que as pessoas não percam o senso comum, não percam a fé. Hoje, cada um procura escolher
a forma de se contatar com Deus, de se relacionar, então a comunidade perde um pouco
a força, e a família também vai se desmembrando, se desestruturando. Depois, há outros
conjuntos, como a violência, as drogas... Todas estas situações de hoje, inclusive
as comunicações, que aproximam muito as pessoas, mas ao mesmo tempo as distanciam...
estes são desafios que enfrentamos no Brasil, mas creio também em todo o mundo”.