Cidade do Vaticano (RV) - Três anos após o terremoto de 5.9 na escala Richter,
que deixou 308 mortos e milhares de feridos, o centro histórico de L’Aquila, na Região
dos Abruzzi, na Itália, virou uma cidade-fantasma. Na praça, o som do rádio
tenta quebrar o silêncio imposto pelo isolamento. É possível passar por algumas partes
atingidas pelo terremoto, mas a chamada Zona Vermelha – que ainda oferece riscos –
é controlada pelo exército.
O ar de tristeza está até no olhar dos animais,
poucos, que como outros poucos moradores tentam em vão recuperar as rotinas que as
profundezas sacudiram para sempre. Perdeu-se a esperança. Algumas colchas de retalhos
tentam trazer de volta um pouco de cor mas logo ao lado fotos da tragédia sobrepostas
mostram como era a vida na cidade antes do terremoto.
Lembranças que ainda
estão a flor da pele, principalmente dos moradores que naquela madrugada viram ruir
suas vidas, tendo que deixar para trás suas histórias e pessoas amadas. Num mural
improvisado, os visitantes e moradores podem deixar uma mensagem. Para dizer, “Eu
me lembro”, a maioria dos bilhetes traz a palavra Amarcord, imortalizada por
Fellini na forma do dialeto romanesco para Io mi ricordo, do italiano.
Muito
já foi feito na recuperação, mas as rachaduras ainda estão expostas a sangue aberto.
As gruas gigantes dominam o skyline, mas nenhum arranha-céu está sendo construído:
elas auxiliam os operários a colocar novamente em pé construções seculares, entre
elas as principais Igrejas da cidade. Para ver mais fotos da cidade acesse http://belincanta.wordpress.com/2012/05/07/laquila-a-cidade-fantasma