2012-05-06 13:58:11

Novos recrutas: a "coragem" da Guarda Suíça


Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã deste domingo, foi realizada a cerimônia de juramento dos novos recrutas da Guarda Suíça. O dia 6 de maio recorda a heróica morte de 147 soldados suíços em defesa do Papa Clemente VII durante o saque de Roma de 1527.

O Secretário de Estado, Cardeal Tarcísio Bertone, presidiu na Basílica de São Pedro à Santa Missa, na qual destacou a "coragem" do cristão de anunciar Cristo Ressuscitado. "Também hoje é preciso coragem para testemunhar o Evangelho. E o digo pensando em vocês, queridos Guardas Suíços, para que testemunhem com alegria não somente em serviço, mas sempre, em qualquer momento e situação de suas vidas", disse o Cardeal.

Comentando o Evangelho do dia, que nos fala da videira que é Jesus, o Cardeal Bertone recorda aos novos recrutas que são os ramos de Cristo, e isso os ajuda a permanecerem Nele, e todos juntos são chamados a produzir os frutos dessa comum pertença a Cristo e à Igreja.

"Este caminho de pertença jamais se conclui. Nunca deixamos de nos 'tornar' discípulos. Diante das dificuldades, caídas e falências, é preciso levantar-se e prosseguir, ou seja, tornar-se sempre e novamente discípulos de Cristo."

O juramento dos 26 novos integrantes sobre a bandeira da Guarda Suíça foi feito em seguida, no Pátio São Damaso, no Vaticano, diante do representante do Papa, Dom Giovanni Angelo Becciu, Substituto da Secretaria de Estado. Estavam presentes cardeais, bispos membros da Cúria e representantes de delegações diplomáticas junto à Santa Sé.

O Saque de Roma foi uma passagem da história que marcou por suas implicações políticas e pela violência. Tratou-se de uma invasão militar comandada pelas tropas amotinadas de Carlos de Habsburgo, Rei de Espanha e Imperador do Sacro Império Romano-Germânico.

No dia 6 de maio de 1527, cerca de quarenta mil homens invadiram a Cidade Eterna, entre os quais seis mil espanhóis, quatorze mil italianos e vinte mil alemães, em sua maioria luteranos. Com uma violência cruel e sangrenta, grande parte da população foi dizimada.

Uma das explicações foi que, por ter maioria luterana, o exército viu em Roma um alvo devido à questão religiosa, à sua riqueza e à facilidade de tomá-la.

Em lembrança ao Saque e pela bravura que os 5 mil milicianos e 500 membros da Guarda Suíça demonstraram em lutar contra os invasores e salvaguardar o Papa, que fugiu para o Castelo Santo Ângelo, novos recrutas são formados todos os anos no dia 6 de maio. Dos 189 guardas que estavam de plantão naquele dia, 42 sobreviveram.

(BF/ED)







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