Princípios da "Pacem in terris" ajudam homem de hoje a orientar-se em meio aos sinais
dos tempos
Cidade do Vaticano (RV) - Foram apresentadas na Sala de Imprensa da Santa Sé
as conclusões dos trabalhos da 18ª plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais,
centralizadas na análise dos princípios contidos na Encíclica "Pacem in terris", em
vista do qüinquagésimo aniversário de sua publicação, a ser celebrado em abril do
próximo ano.
A encíclica "Pacem in terris" é, ainda hoje, um dos pilares da
Doutrina Social da Igreja. Verdade, liberdade, solidariedade e justiça são os princípios
elencados pelo documento de João XXIII que ainda hoje, à distância de quase 50 anos,
ajudam o homem a orientar-se em meio aos novos sinais dos tempos.
O Bispo de
Dijon, na França – e um dos fundadores da Pontifícia Academia –, Dom Roland Minnerath,
ilustrou a importância de um desenvolvimento social e científico, que para ser válido
jamais deve perder de vista a centralidade do ser humano.
Trata-se de um princípio
válido particularmente hoje, à luz das muitas crises que caracterizam o mundo globalizado
– explicou o Chanceler da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, Dom Marcelo Sánchez
Sorondo –, e que pode ser aplicado com sucesso na realização de uma nova ordem global,
que possa trazer a paz.
A paz, entendida como supremo bem comum, não pode ser
assegurada pelos atuais sujeitos que governam a globalização, como os mercados, por
exemplo – explicou a Dra. Margaret Archer, da Policlínica de Lausanne e membro-fundador
também ela da Academia das Ciências Sociais.
Cultura e informação são os dois
elementos fundamentais para desenvolver em sentido positivo as novas sociedades. Portanto,
um difuso conhecimento constitui a base para um correto desenvolvimento de uma sociedade
mais humana, terreno fértil também para uma nova evangelização. (RL)