Reflexão sobre a liturgia deste IV Domingo de Páscoa
Cidade do
Vaticano (RV) - No Evangelho deste domingo, Jesus diz que ele é o bom pastor,
aquele que dá a vida, se despoja dela em favor do rebanho. Isso ele o fez de fato
na cruz. Mas Jesus chegou à cruz porque sua vida foi um constante despojar-se de si
mesmo em favor do outro, daqueles que havia recebido do Pai, com a missão de levá-los
até Ele. Jesus realiza essa sua missão onde estão os filhos de Deus: no Templo e na
sociedade.
No Templo, Jesus os liberta do jugo dos sacerdotes, que se preocupam
mais com a legalidade dos fatos, do que com o bem estar das pessoas. Aqueles que encontram
Jesus,encontram a porta para se libertarem de uma religião sufocante e essa mesma
porta os conduz para o convívio amoroso e, por isso, libertador com o Pai. Nesse gesto
de libertar, Jesus contraria os interesses dos opressores e é condenado à morte. Ele
se despoja da vida para que a tenhamos. Por isso Jesus é o bem pastor.
Na sociedade
Jesus liberta enquanto indistintamente faz o bem. Ele é o pastor universal! Podemos
refletir e ver como vivemos esse carisma de Jesus que, pelo batismo, também se tornou
nosso. Como pastoreamos nossa família, nossos amigos, nossos colegas e nós mesmos?
Somos portas libertadoras, que se abrem para que o outro passe para o encontro com
a felicidade? Ou somos porta de uma armadilha, que prende quem se aproxima da gente?
Queridos
irmãos, ouvintes da Rádio Vaticano, sejamos como Jesus. Sejamos bons pastores a ponto
de nos despojarmos de tudo em favor da felicidade, da salvação eterna de nossos próximos!