2012-04-24 17:32:24

Corte Suprema do Paquistão pressionada a reavaliar as conversões forçadas


Lahore (RV) – O problema das conversões forçadas ao islamismo é tão grave que “requer a intervenção imediata da Corte Suprema do Paquistão e uma firme posição de defesa da justiça, dos direitos humanos, e da liberdade religiosa”. Essa foi a afirmação da Comissão “Justiça e Paz” da Conferência Episcopal do Paquistão, solicitando à Corte Suprema que reveja o caso de três jovens hindus (Rinkal Kumari, Asha Haleema e Lata), obrigadas a se converter ao islamismo e a casar-se com muçulmanos. Depois de recurso judicial, a própria Corte Suprema, com um polêmico veredicto, lhes intimou a retornar a seus maridos muçulmanos.

Uma nota da Comissão referindo-se ao caso foi enviada à Agência Fides. Assinada pelo Presidente, Pe. Emmanuel Yousaf Mani, e pelo Diretor Executivo, Peter Jacob, afirma: “Os procedimentos judiciários não podem se tornar um instrumento de injustiça, quando o princípio de livre consenso é aplicado impropriamente ou de modo seletivo, em detrimento das realidades sociais”.

A sentença da Corte, de 18 de abril, sobre a delicada questão das conversões “preocupa as minorias religiosas que devem enfrentar uma ameaça existencial já em nível demográfico, mas também a questão da crescente intolerância religiosa na sociedade”.

Na nota, a Comissão convida a Corte a “examinar profundamente a questão e assumir uma posição que tenha um impacto significativo” na sociedade. Nos três casos, a Corte deveria ter aplicado “o princípio jurídico de tutela das pessoas vulneráveis” – sugere o Organismo.

“A Corte Suprema ou o governo podem controlar os danos ao pluralismo religioso mediante a definição de conversões forçadas segundo os padrões internacionais de liberdade religiosa que, entre outras coisas, incluem o direito de re-conversão” – conclui a nota. (ED)








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