Síria: jesuítas ampliam assistência aos refugiados
Roma (RV) – Após uma semana, a trégua na Síria permaneceu no papel. Nesta
segunda-feira, a União Européia decidiu um novo pacote de sanções contra o país.
"O
regime de Assad não respeita plenamente o cessar-fogo" previsto pelo plano de Kofi
Annan, disse o Ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague. Abusos e
mortes continuam a se registrar em todo o país. Diante desta situação, o Serviço dos
Jesuítas para Refugiados (JRS) ampliou sua atuação.
Em Alepo, por exemplo,
os jesuítas estão assistindo 500 famílias fugidas das regiões de conflito. Também
há assistência às vítimas nas cidades de Damasco e num centro perto de Homs.
Segundo
o Diretor do Serviço dos Jesuítas para Refugiados (JRS), Padre Peter Balleis, se trata
de uma iniciativa autorizada pelo governo sírio, com a colaboração de voluntários
cristãos e muçulmanos. "É uma mensagem de paz que acompanha um gesto de solidariedade
e que se contrapõe àqueles que, neste momento, estão assoprando no fogo da intolerância
e das diferenças", declarou o sacerdote jesuíta à Agência Misna.
De acordo
com o Pe. Balleis, a contribuição dos jesuítas às famílias necessitadas é capaz de
suprir gastos com aluguel, bens de primeira necessidade e, eventualmente, produtos
para recém-nascidos e remédios. Uma ação humanitária para aliviar os sofrimentos de
inúmeras famílias que, por causa da violência, tiveram que abandonar suas casas.
Estimativas
recentes apontam que existem cerca de meio milhão de refugiados e deslocados internos,
em grande parte provenientes de Homs. Não obstante o cessar-fogo estabelecido uma
semana atrás, em Homs e em outras cidades os combates não cessaram completamente.