2012-04-22 11:02:48

Conselho de Segurança aprovou declaração sobre a Guiné-Bissau


(22/4/2012) O Conselho de Segurança da ONU aprovou neste sábado uma declaração sobre a Guiné-Bissau, na qual condena o golpe militar e adverte para eventuais “sanções específicas” para os autores do golpe.
O texto, resulta de negociações dos dois últimos dias, em que Portugal fez circular entre os membros do Conselho de Segurança uma nova versão do documento, com elementos da anterior declaração.
O Conselho de Segurança exige a libertação “imediata e incondicional” dos líderes políticos detidos, o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, e o Presidente interino, Raimundo Pereira. Os dois continuam detidos, no meio de um processo eleitoral em que tudo apontava para que o chefe do Governo deposto no golpe de 12 de Abril fosse eleito Presidente.
Na declaração, lida em Nova Iorque pela embaixadora norte-americana na ONU Susan Rice, o Conselho de Segurança diz-se pronto “a tomar outras medidas” impondo sanções para os autores do golpe de Estado. Uma posição reforçada dias depois de os países lusófonos terem pedido o envio de uma missão para a Guiné-Bissau.
A situação política no país parece longe de ser clara: Serifo Nhamadjo, dado como Presidente de transição designado pelos autores do golpe, negou ontem ter sido convidado e declarou discordar do golpe. Mas o anúncio levou, entretanto, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a adiar para dia 26 uma cimeira sobre a crise guineense agendada para esta segunda-feira, em Conacri.
Na reunião de quinta-feira do Conselho de Segurança, em que os países lusófonos pediram o envio de uma missão para a Guiné, foi abordado o potencial de conflito da situação guineense. Em Portugal e Angola (Lisboa, Coimbra e Luanda), manifestantes saíram hoje às ruas para apelar a um entendimento dos militares e políticos da Guiné-Bissau, para a paz e o progresso do país.








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