2012-04-21 09:39:53

Conflitos causaram 26 milhões de deslocados internos em 2011, diz relatório


Nova Iorque (RV) - Um relatório do Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno, Idmc (na sigla em inglês), sugere que conflitos em todo o mundo levaram 26,4 milhões de pessoas a fugir da violência, no ano passado.

Segundo o documento, "Panorama Global 2011: Deslocados por Conflito e Violência" deste total 3,5 milhões eram novos deslocados, um número 20% maior que o registrado em 2010.

O relatório informa que a violência surgida com os protestos da Primavera Árabe, por democracia no norte da África e no Oriente Médio, levaram 830 mil pessoas a fugir de suas casas.

Mas segundo a chefe do Centro de Monitoramento, Kate Halff, outros eventos como o conflito armado no Afeganistão e as ações dos cartéis de drogas da Colômbia, além de grupos paramilitares no país sul-americano, também contribuíram para um aumento no número de deslocados internos.

Na Colômbia, até o fim de 2011, de 4 a 5 milhões de pessoas abandonaram suas casas devido à violência. O relatório informa que a maioria delas foi vítima de grupos armados associados ao tráfico de drogas do país.

Um outro motivo para a fuga dos moradores de suas casas, em várias partes do mundo, foram as crises humanitárias e desastres naturais. Na Somália, por exemplo, milhões ficaram deslocados por causa da fome, agravada pelo conflito político no país africano.

A crise na Síria causou 156 mil deslocados, no ano passado, dois mil a mais que na Líbia. De acordo com o relatório, milhares de líbios, associados ao regime do ex-líder Muammar Kadafi, tiveram medo de voltar a casa por causa de represálias.

Os choques entre o Sudão e o no país, Sudão do Sul, também deslocaram centenas de milhares de pessoas devido aos combates entre as forças armadas e milícias rivais.

Mas o documento também traz boas notícias. A maior queda no número de deslocados internos ocorreu no continente africano. Cerca de 1,5 milhão de pessoas voltaram a casa após conflitos. Ao todo, a África tem hoje 9,7 milhões de deslocados internos. Os países com índices mais altos de retorno foram o Chade, a Cote d'Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, e Uganda.

(Onu/RB)







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