2012-04-18 12:34:34

Guiné-Bissau: Bispos condenam ação militar. Ouça análise


Bissau (RV) - A União Africana suspendeu a Guiné-Bissau devido ao golpe militar da semana passada.

O anúncio foi feito num comunicado após a reunião do Conselho da Paz e Segurança da organização, que se realizou terça-feira em Adis Abeba, Etiópia.

O comunicado diz que os golpistas violaram a constituição e exortou os políticos do país a não participarem em ações para "disfarçar" o golpe.

O Conselho, lê-se no documento "decidiu suspender a Guiné-Bissau, com efeitos imediatos de todas as atividades "da União Africana "até à restauração de ordem constitucional". Antes, a União tinha declarado o golpe de estado de quinta-feira passada como "inaceitável".

Membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, este pequeno país da costa ocidental africana está novamente vivendo uma crise política – crise que acirra as difíceis condições sociais e econômicas.

De fato, o país não conseguiu se refazer da guerra de 1998. Faltam as infraestruturas básicas, como água potável e luz. E a população permanece refém dos militares, que periodicamente desestabilizam a Guiné-Bissau com golpes de estado, como o de quinta-feira passada, às vésperas do início da campanha eleitoral para o segundo turno das presidenciais.

Com a provável reabertura do espaço aéreo, muitos estrangeiros deixarão o país, como é o caso de um grupo de brasileiros em missão humanitária. De acordo com o Itamaraty, há cerca de 300 brasileiros registrados junto à embaixada.

A mesma sorte não tem a população, obrigada a conviver com esta instabilidade e, principalmente, com as suas conseqüências. Com o perdurar do impasse político, os bispos guineenses publicaram ontem uma nota oficial, condenando a ação militar e toda forma de violência para resolver os problemas da nação.

O Reitor da Universidade Colinas de Boé e representante do movimento "Voz di Paz", Fafali Koudawo, comenta a mensagem dos bispos. Ouça clicando aqui: RealAudioMP3
(BF)







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