2012-04-15 10:33:20

Nota da Sala de Imprensa da Santa Sé sobre caso de Emanuela Orlandi


(14/04/2012) O Vaticano publicou neste sábado uma tomada de posição sobre o caso Emanuela Orlandi, muito sentido em Itália. Trata-se do desaparecimento, há quase 30 anos, de uma adolescente, filha de um empregado da Prefeitura da Casa pontifícia, que residia com a família no interior da Cidade do Vaticano. Um mistério nunca esclarecido. Nas últimas semanas, a questão voltou a agitar os meios de comunicação italianos, com graves acusações, genéricas, a personalidades eclesiásticas do Vaticano, que se negaria a colaborar com a justiça para o esclarecimento do caso, mantendo um silêncio de cumplicidade.

Num longo texto, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé nega que o Vaticano tenha escondido o quer que fosse sobre este rapto ou que mantenha ainda hoje qualquer segredo por revelar. Para Padre Lombardi, é totalmente infundado continuar a propagar tais afirmações. “Todas as autoridades do Vaticano – escreve – colaboraram com empenho e transparência com as autoridades italianas para enfrentar a situação do sequestro, na primeira fase, assim como depois, nas investigações posteriores. Se os investigadores italianos considerarem útil ou necessário apresentar às autoridades do Vaticano novas rogatórias, poderão fazê-lo em qualquer momento, segundo a praxe habitual, e encontrarão, como sempre, a apropriada colaboração”. Finalmente – esclarece-se – as autoridades eclesiástica não se opõem à inspeção, na basílica romana de Santo Apolinário, do túmulo de um chefe de banda que estaria ligado a este rapto, nem a que os seus restos mortais sejam tumulados num outro local, para que se restabeleça a justa serenidade

O comunicado sublinha que o Vaticano prestou toda a colaboração possível sobre o caso, fornecendo acesso ao telefone privado da família Orlandi e ao seu domicílio. Recorda-se também as numerosas intervenções de João Paulo II e os seus repetidos apelos. A maior parte das pessoas que ocupavam cargos de responsabilidade na época dos factos, faleceram já. Mas um grande número de testemunhos particularmente dignos de fé e os documentos disponíveis deveriam permitir verificar a seriedade e empenho do Vaticano em todo este tristíssimo e doloroso caso.








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