Joseph Ratzinger: 85 anos, 7 de pontificado - Editorial
Neste domingo Bento XVI apelou às orações dos católicos numa semana em que celebra
o seu 85.º aniversário natalício ( nesta segunda feira) e sete anos de pontificado,
pedindo “força” para a sua missão. “Na próxima quinta-feira, por ocasião do sétimo
aniversário da minha eleição para a sede de Pedro, peço-vos que rezem por mim, para
que o Senhor me dê a força de cumprir a missão que me foi confiada”, afirmou o Papa,
em francês, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação
da oração do “Regina Coeli”. Joseph Ratzinger, que esta segunda-feira completa
85 anos, nasceu na localidade alemã Marktl am Inn, Diocese de Passau, região da Baviera. O
então cardeal Ratzinger foi eleito sucessor de João Paulo II na tarde de 19 de abril
de 2005, no quarto escrutínio do conclave iniciado um dia antes, tendo escolhido o
nome de Bento XVI. Nestes sete anos, realizou 26 viagens na Itália e 23 ao estrangeiro,
incluindo uma visita a Portugal, entre 11 e 14 de maio de 2010, com passagens por
Lisboa, Fátima e Porto. Bento XVI assinou três encíclicas e presidiu a três Jornadas
Mundiais da Juventude, para além de ter convocado quatro Sínodos de Bispos, um Ano
Paulino e um Ano Sacerdotal; em outubro vai ter lugar um novo Sínodo e inicia-se o
Ano da Fé. Num balanço do atual pontificado, o porta-voz do Vaticano destaca que
o Papa enfrentou “com coragem, humildade e determinação situações difíceis, como a
crise que se seguiu aos abusos sexuais” cometidos por membros do clero ou em instituições
católicas de vários países. “85 anos de idade e 7 de pontificado. Quando
o Card. Joseph Ratzinger foi eleito Papa, já em idade avançada, muitos se perguntaram
se depois de tantos anos de enfermidade do grande Predecessor, o novo pontificado
seria intenso e duradouro – como era o desejo de todos – e se um teólogo que por tanto
tempo dirigiu um dicastério tão doutrinal saberia assumir uma tarefa tão diferente:
o governo pastoral da Igreja universal. Nestes sete anos, vimos
23 viagens internacionais a 23 países, e 26 viagens na Itália; assistimos 4 Sínodos
dos Bispos e 3 Jornadas Mundiais da Juventude; lemos três Encíclicas, inúmeros discursos
e atos magisteriais; participamos de um Ano Paulino e de um Ano Sacerdotal. Por fim,
vimos o Papa enfrentar com coragem, humildade e determinação – ou seja, com límpido
espírito evangélico – situações difíceis como a crise consequente aos abusos sexuais.
Lemos ainda a sua obra “Jesus de Nazaré” e o seu livro-entrevista
“Luz do mundo”. Da coerência e da constância de seus ensinamentos, aprendemos sobretudo
que a prioridade de seu serviço à Igreja e à humanidade é orientar nossas vidas a
Deus; que a fé e a razão se ajudam mutuamente na busca da verdade e respondem às expectativas
e dúvidas de cada um de nós e de toda a humanidade; que a indiferença a Deus e o relativismo
são riscos gravíssimos de nossos tempos. Somos imensamente gratos por tudo isso. E
estamos ainda em caminho com ele: rumo ao Encontro Mundial das Famílias e ao Oriente
Médio; rumo ao Sínodo da Nova Evangelização e ao Ano da Fé. Nas mãos de Deus, a serviço
de Deus e de sua Igreja."