Diretor do Unaids, em visita ao Vaticano, pede apoio pessoal do Papa no combate ao
HIV
Cidade do Vaticano (RV) – O Diretor Executivo do Programa Conjunto das Nações
Unidas sobre o HIV/Aids, Unaids, Michel Sidibé, encontrou-se com Bento XVI nesta quarta-feira.
Ele foi recebido pelo Pontífice em audiência, durante a qual pediu o engajamento pessoal
do Papa na luta para a eliminação das infecções nas crianças.
“Em todo o mundo,
milhares de pessoas infectadas pelo HIV recebem o suporte de instituições católicas”,
disse Sidibé, completando que “o total engajamento da Igreja Católica nos esforços
para atingir o nível ‘zero infecções’ em crianças é de grande importância”.
O
Vaticano estima que as organizações católicas de saúde provejam 25% de todo o tratamento
de HIV no mundo. Os dados de 2010 falam em mais de cinco mil hospitais, 18 mil postos
de atendimento e nove mil orfanatos mantidos pela Igreja Católica, muitos dos quais
envolvidos no tratamento dessa doença.
Para atingir a meta de acabar totalmente
com as novas infecções em crianças até 2015, a Unaids e parceiros lançaram um Plano
Global em 2011. Esse plano delineia estratégias que focam especialmente 22 países,
os quais juntos somam mais de 90% dos casos de novas infecções em crianças no mundo.
Em seguida da audiência com o Papa, o Diretor da Unaids encontrou-se ainda
com o Secretário Geral da Caritas Internacional, Michel Roy. A Organização participa
do Plano e constitui-se um parceiro importante, visto que opera em mais de 200 países,
oferecendo diferentes tipos de assistência social. De acordo com Michel Roy, a Caritas
Internacional pôs a luta contra o HIV como prioridade há mais de 25 anos, e pretende
prosseguir nesse caminho.
O representante da Unaids ainda reuniu-se com o Presidente
do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Turkson, com o qual debateu
a problemática da epidemia no Continente Africano.
As Nações Unidas consideram
as organizações de base religiosa como um precioso instrumento na luta contra a Aids,
e estimam que sejam as responsáveis por 30 a 70% das instituições de saúde na África.
Por isso, desde de 2009, busca estreitar relações e parcerias com essas instituições.
(ED)